quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Origem da vida humana (NEJA)

A origem da vida humana e as principais teorias (VERSÃO NEJA)

A origem da vida humana é um tema fascinante e complexo, que tem sido explorado por diversas teorias ao longo dos séculos. Aqui estão as principais abordagens:

Evolucionismo (teoria científica - mutações e seleção natural)

O evolucionismo é a teoria científica que explica a origem das espécies, incluindo a humana, através de um processo de evolução biológica. Proposta por Charles Darwin no século XIX, essa teoria sugere que todas as formas de vida compartilham um ancestral comum e que as espécies evoluem ao longo do tempo através de mecanismos como a seleção natural e mutações genéticas. A evolução é apoiada por uma vasta quantidade de evidências fósseis, genéticas e anatômicas.

Criacionismo (um criador - tese religiosa)

O criacionismo é a crença de que a vida, a Terra e o universo são criações de um ser sobrenatural. Essa visão é baseada em textos religiosos, como a Bíblia, o Alcorão e a Torá. O criacionismo rejeita a ideia de evolução e sustenta que as espécies foram criadas em sua forma atual. Existem variações dentro do criacionismo, incluindo o criacionismo jovem da Terra, que acredita que a Terra tem apenas alguns milhares de anos, e o criacionismo progressivo, que aceita uma Terra antiga mas ainda rejeita a evolução.

Design Inteligente

O design inteligente é uma teoria que propõe que certas características do universo e dos seres vivos são melhor explicadas por uma causa inteligente, e não por processos naturais como a seleção natural. Essa teoria argumenta que a complexidade e a especificidade da vida indicam a existência de um designer inteligente. Embora não especifique quem ou o que é esse designer, a teoria é frequentemente associada a crenças religiosas.

Teoria do Big Bang - O início de tudo.

A teoria do Big Bang é a explicação científica mais aceita para a origem do universo. Ela propõe que o universo começou a partir de um estado extremamente quente e denso há cerca de 13,8 bilhões de anos e tem se expandido desde então. Essa teoria é apoiada por várias observações astronômicas, como a radiação cósmica de fundo e a distribuição das galáxias.

Hominídeos (de onde nós viemos)

Os hominídeos são uma família de primatas que inclui os humanos modernos e seus ancestrais diretos. Aqui estão alguns dos principais hominídeos e suas características:

Australopithecus (não faz parte do gênero homo, nossa origem primata)

Viveram entre 4 e 2 milhões de anos atrás. Eram bípedes, mas ainda possuíam características adaptadas para a vida nas árvores.

Homo habilis (homem habilidoso)

Viveram entre 2,4 e 1,4 milhões de anos atrás. Conhecidos por suas habilidades com ferramentas de pedra.

Homo erectus (homem ereto):

Viveram entre 1,9 milhões e 110 mil anos atrás. Eram mais altos e tinham um cérebro maior que os hominídeos anteriores.

Homo neanderthalensis ("homens das cavernas)

Viveram entre 400 mil e 40 mil anos atrás. Adaptados ao clima frio da Europa, tinham corpos robustos e cérebros grandes.

Homo sapiens:

Surgiram aproximente entre 200 mil anos e são a única espécie de hominídeos que ainda existe. Caracterizam-se por sua capacidade de linguagem complexa, pensamento abstrato e cultura avançada.

África - o berço da humanidade.

A vida humana, especificamente a espécie Homo sapiens, surgiu na África há cerca de 200 mil anos. Este processo foi resultado de uma longa evolução que começou com os primeiros hominídeos, que viveram entre 8 e 6 milhões de anos atrás.

Da África para outras regiões 

A evolução humana ocorreu inteiramente na África até cerca de 1,8 milhões de anos atrás, quando os primeiros humanos começaram a migrar para outras partes do mundo.

A importância dessas teorias 

Essas teorias e descobertas nos ajudam a entender melhor a complexa história da origem da vida humana e do universo.

Foto do quadro da aula.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Pré-história (NEJA)

A pré-história (VERSÃO NEJA)

A Pré-História é o período que antecede a invenção da escrita, abrangendo desde o surgimento dos primeiros hominídeos (origem humana), há cerca de 2,5 milhões de anos, até aproximadamente 4000 a 3.000 a.C. Esse longo período é dividido em três grandes fases: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.

Definição e duração da Pré-História

A Pré-História é caracterizada pela ausência de registros escritos, sendo estudada principalmente através de vestígios materiais como fósseis, ferramentas e pinturas rupestres. Esse período se estende por milhões de anos, desde o aparecimento dos primeiros seres humanos até o surgimento da escrita.

Principais períodos da Pré-História

Paleolítico (Idade da Pedra Lascada): 

De cerca de 2,5 milhões de anos atrás até aproximadamente 10.000 / 8.000 a.C. Período onde vários utensílios foram criados a partir da técnica de lascar  pedras e ossos.

Neolítico (Idade da Pedra Polida):

De cerca de 8.000 a.C. até aproximadamente 4000 / 3.000 a.C. Período marcado pela construção de utensílios com a técnica de polir pedras, ossos e madeiras.

Idade dos Metais: 

De cerca de 4.000 a.C. até o início da história escrita. Período onde os primeiros objetos foram criados a partir da utilização de metais.

Realizações humanas no Paleolítico

Durante o Paleolítico, os seres humanos eram nômades (não possui moradia fixa) e viviam da caça, pesca e coleta de alimentos. As principais realizações desse período incluem:

Domínio do fogo: Permitindo cozinhar alimentos, aquecer-se e proteger-se de predadores.

Fabricação de ferramentas: Inicialmente, essas ferramentas eram construídas de pedra lascada, osso e madeira. Facas, punhais, lanças, arcos etc.

Arte rupestre: Pinturas e gravuras em cavernas que representam cenas de caça e rituais.

Feitos Humanos no Neolítico

O Neolítico marcou uma grande transformação na vida humana, com o desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais. As principais realizações incluem:

Sedentarização (moradia fixa): Formação dos primeiros assentamentos permanentes.

Agricultura: Cultivo de cereais como trigo e cevada.

Domesticação de animais: Criação de gado e outros animais para alimentação e trabalho.

Criações da Idade dos Metais

Na Idade dos Metais, os seres humanos começaram a utilizar metais como cobre, bronze e ferro para fabricar ferramentas e armas. Isso levou a avanços significativos na tecnologia e na organização social:

Metalurgia: Desenvolvimento de técnicas para fundir e moldar metais.
Ferramentas e armas: Produção de instrumentos mais eficientes e duráveis.

Comércio: Expansão das trocas comerciais devido à produção de excedentes.

Legado e importância da Pré-História

A Pré-História deixou um legado duradouro para a humanidade.

As inovações tecnológicas e sociais desse período estabeleceram as bases para o desenvolvimento das civilizações posteriores. O domínio do fogo, a agricultura, a domesticação de animais e a metalurgia são apenas algumas das conquistas que moldaram o curso da história humana.

A importância da Pré-História reside na compreensão das origens e da evolução da humanidade, oferecendo insights valiosos sobre como nossos ancestrais viveram, se adaptaram e inovaram para sobreviver e prosperar.

Foto do quadro (aula 28/08/2024)

Assunto da próxima aula:
Origem da humanidade (Teses que explicam a origem humana).

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Emancipação política do Brasil (Independência do Brasil) NEJA

Emancipação política do Brasil - VERSÃO NEJA.

A emancipação política do Brasil, culminando na sua independência de Portugal, foi um processo complexo e multifacetado, influenciado por diversos fatores internos e externos.

Motivos da Independência
Os principais motivos que levaram à independência do Brasil incluem:

Crise do Sistema Colonial:

O sistema colonial português estava em declínio, com a economia brasileira crescendo e se tornando cada vez mais autossuficiente.

Ideias Iluministas:

As ideias de liberdade e igualdade propagadas pelo Iluminismo influenciaram a elite brasileira, que desejava maior autonomia política e econômica e tinham como exemplo prático a Independência das 13 colônias e a Revolução Francesa.

Revolução Liberal do Porto:

Em 1820, a Revolução Liberal em Portugal exigiu o retorno de D. João VI e a implementação de uma constituição liberal, o que gerou tensões entre Portugal e Brasil.

Veja a aula passada (Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil) clicando no link abaixo:

Movimentos Separatistas:

Movimentos como a Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e a Revolução Pernambucana de 1817 mostraram o descontentamento crescente com o domínio português muito antes da vinda da Capital do Império Português para o Brasil.

Influências Externas

A independência do Brasil também foi influenciada por eventos internacionais:

Independências na América Espanhola:

As independências das colônias espanholas na América Latina inspiraram os brasileiros a buscar sua própria emancipação.

Pressão Inglesa:

A Inglaterra, interessada em expandir seus mercados, apoiou a independência do Brasil para garantir vantagens políticas e comerciais.

Batalhas de Independência

Após a declaração de independência em 7 de setembro de 1822, ocorreram vários conflitos armados entre forças leais a Portugal e os independentistas brasileiros:

Bahia: A Batalha de Pirajá, em 1823, foi crucial para a consolidação da independência na região.

Pará e Maranhão: Houve resistência significativa nas províncias do Norte, onde as forças portuguesas foram derrotadas após intensos combates.

Cisplatina: A região, que hoje é o Uruguai, também foi palco de conflitos durante o processo de independência.

Tratado de Aliança e Amizade Brasil-Portugal

O reconhecimento formal da independência do Brasil por Portugal ocorreu em 1825, com a assinatura do Tratado de Aliança e Amizade. Este tratado estabeleceu:

Reconhecimento da Independência:

Portugal reconheceu oficialmente a independência do Brasil.

Compensação Financeira:

O Brasil concordou em pagar uma indenização a Portugal como parte do acordo.

Relações Diplomáticas:

O tratado estabeleceu as bases para relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, garantindo uma transição pacífica.

A independência do Brasil foi um marco na história do país, permitindo o desenvolvimento de uma identidade nacional e a construção de um estado soberano.

Foto do quadro


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil (Transferência da Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro) NEJA

A vinda da Família Real portuguesa para o Brasil (Transferência da Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro) - VERSÃO NEJA. 

Definição

A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil foi um evento marcante na história do país, ocorrendo em um contexto de grande instabilidade na Europa. Em 1807, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, que obrigava os países europeus a fecharem seus portos para os navios britânicos. Portugal, aliado histórico da Inglaterra, recusou-se a aderir ao bloqueio, o que levou Napoleão a ordenar a invasão do território português. Para evitar a captura e garantir a continuidade da monarquia, o príncipe regente D. João decidiu transferir a corte para o Brasil, com o apoio da Inglaterra.

Motivos da Interiorização da Capital do Império

A interiorização da capital do Império, com a transferência da corte para o Rio de Janeiro, teve várias motivações. Primeiramente, a localização geográfica do Rio de Janeiro oferecia maior segurança contra possíveis invasões, especialmente de corsários franceses. Além disso, a mudança visava integrar melhor o vasto território brasileiro, promovendo o desenvolvimento econômico e populacional do interior do país. A ideia de interiorização da capital já havia sido proposta anteriormente, mas ganhou força com a chegada da Família Real.

Realizações de D. João VI no Brasil

Durante o período em que esteve no Brasil, D. João VI implementou diversas reformas e iniciativas que transformaram profundamente o país. Entre as principais realizações estão:

Abertura dos Portos às nações amigas

Em 1808, D. João VI decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, rompendo com o pacto colonial que limitava o comércio do Brasil apenas a Portugal.

Criação de Instituições:

Foram fundadas várias instituições importantes, como o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Biblioteca Real, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico.

Desenvolvimento urbano:

O Rio de Janeiro foi modernizado com a construção de novos prédios públicos, iluminação pública e melhorias na infraestrutura urbana.

Incentivo à cultura e educação na nova capital:

D. João VI incentivou a criação de escolas de medicina, a Academia Real de Belas Artes e a Imprensa Régia, promovendo o desenvolvimento cultural e educacional do Brasil.

Retorno da Família Imperial portuguesa para Portugal

O retorno da Família Real a Portugal em 1821 foi motivado pela Revolução do Porto de 1820, que exigia o retorno do rei e a implementação de uma constituição liberal. A ausência prolongada da corte em Portugal gerou descontentamento entre os portugueses, que se sentiam relegados a uma posição secundária em relação ao Brasil. Pressionado pelas circunstâncias políticas e pela necessidade de manter a estabilidade da monarquia, D. João VI decidiu retornar a Portugal, deixando seu filho, D. Pedro, como príncipe regente no Brasil.

Esses eventos foram fundamentais para o processo de independência do Brasil, que ocorreria poucos anos depois, em 1822, sob a liderança de D. Pedro I.


Foto do quadro 2024 segundo semestre NEJA.

Próxima aula:
Emancipação política da América Espanhola 

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Esparta: A Pólis guerreira.

Esparta: A Pólis guerreira (localização,  fundadores, sociedade e política).

A cidade de Esparta, localizada na região da Lacônia, foi uma das mais importantes pólis da Grécia Antiga. Fundada pelos dórios durante o Período Homérico, Esparta ficou conhecida por sua cultura militarista e valorização do exército.

Mapa regiões gregas

Vamos explorar os principais aspectos dessa cidade-estado:

Localização:

Esparta estava situada na península do Peloponeso, em uma planície isolada por montanhas altas das regiões vizinhas.

A região era chamada de Lacônia ou Lacedemônia.

Origem mitologicas:

Os espartanos acreditavam que a cidade havia sido fundada por Lacedemon, filho de Zeus, que se casou com a filha do primeiro rei da Lacônia, chamada Esparta.

Origem histórica 

Historiograficamente, Esparta foi fundada pelos dórios no século X a.C.

Grupos Sociais:

Esparciatas: A aristocracia espartana, que iniciava sua formação educacional e militar aos sete anos. Eles formavam a elite do exército.

Periecos: Habitantes livres, mas sem cidadania completa.

Hilotas: Servos agrícolas, considerados propriedade do Estado.

Sistema Político:

Esparta era uma pólis oligarquia, com participação política restrita à pequena aristocracia.

Uma oligarquia governada por dois reis, ou seja, uma diarquia. Um rei liderava o exército e o outro é a liderança sacerdotal.

Junto com os reis, no poder, tinha a Gerúsia (Conselho de Anciãos). Era o principal órgão político, administrativo e judiciário de Esparta e era responsável pela elaboração das leis e dos projetos que seriam encaminhados para aprovação ou rejeição na Apela.

A Apela era a assembleia da cidade de Esparta, na Grécia Antiga, onde os cidadãos tomavam as principais decisões. Para participar, era necessário ter mais de 30 anos de idade e ter passado pelo treinamento militar. Os membros da Apela também elegiam os membros da Gerúsia, um conselho de anciãos que faziam as leis da cidade. A Apela reunia-se uma vez por mês ao ar livre, num local que a arqueologia moderna ainda não conseguiu identificar.

Na aristocracia espartana, os Éforos (magistrados) eram instituições políticas importantes.Os éforos eram líderes da antiga Esparta que partilhavam o poder com os reis. Os éforos eram considerados os homens mais poderosos de Esparta e tinham como papel monitorar as ações dos dois reis. Os éforos eram cinco esparciatas eleitos anualmente pela Apela, no outono, para ocuparem o cargo durante um ano.

Religião:

A religião de Esparta era politeísta, como a de outras pólis da Antiguidade. Os espartanos acreditavam nos deuses gregos, tanto os olímpicos como os que não residiam no Monte Olimpo. Eles realizavam importantes festivais para homenagear os seus deuses. 


Ares, deus da guerra, era uma das divindades mais populares em Esparta.

Economia:

Baseada na agricultura, com os hilotas trabalhando nas terras.

O foco principal era a manutenção do exército.

Esparta se envolveu em grandes acontecimentos da história grega, como a Guerra do Peloponeso e as Guerras Médicas. Sua cultura militar deixou um legado duradouro.

A Guerra do Peloponeso foi um conflito entre as cidades-estados gregas Atenas e Esparta, no século V a.C., pela disputa do domínio da Grécia Antiga. As duas cidades encabeçavam as principais alianças militares da época: a Liga de Delos, liderada por Atenas, e a Liga do Peloponeso, comandada pelos espartanos.



As Guerras Médicas ocorreram entre 500-448 a.C., entre gregos e persas, pelo domínio do Mundo Antigo. Pela primeira vez na história grega, as cidades-Estado se uniram para se defenderem da invasão dos persas. A vitória da Grécia sobre a Persia foi importante para os gregos conquistarem a hegemonia do Mundo Antigo.



Foto da aula sobre Esparta 23/08/24 turma 1004

Foto aula sobre Esparta 02/09/24 turma 1001 integral e 1002 integral (estudo direcionado)

Avaliação NEJA 1 Mesopotâmia

Avaliação 01 - Mesopotâmia  Principais características da Mesopotâmia  Abaixo, veja o quadro da aula, com as perguntas da avaliação. ...