domingo, 1 de setembro de 2024

Independência América Espanhola (Emancipação política da América Espanhola) NEJA

Independência da América Espanhola (VERSÃO NEJA)

Definição:

A independência da América Espanhola foi um processo complexo e multifacetado que resultou na emancipação das colônias espanholas na América Latina, culminando na formação de diversos países independentes. Esse processo ocorreu principalmente entre o final do século XVIII e o início do século XIX.

As três fases do processo histórico:

Processo de Emancipação Política
A emancipação política da América Espanhola foi marcada por três fases principais: os movimentos precursores (1780-1810), as rebeliões fracassadas (1810-1816) e as rebeliões vitoriosas (1817-1824)1. Durante esses períodos, as colônias espanholas lutaram contra o domínio colonial, inspiradas por ideais iluministas e pelos exemplos da Revolução Americana e da Revolução Francesa.

Motivos que influenciaram a Independência

Vários fatores contribuíram para a independência da América Espanhola:

O Iluminismo:

Fornecendo os ideais e a inspiração necessários para os movimentos de emancipação. As Liberdade, igualdade, direitos naturais e soberania popular foram ideias que serviram de base para as reformas e revoluções liberais.

Influência das Revoluções:

A Revolução Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789) inspiraram os movimentos de independência com seus ideais de liberdade e igualdade.

Descontentamento com o Domínio Espanhol

A elite criolla estava insatisfeita com as restrições impostas pela Coroa Espanhola, que limitavam seu poder político e econômico.

Guerras Napoleônicas

A ocupação da Espanha por Napoleão Bonaparte e a deposição do rei Fernando VII enfraqueceram o controle espanhol sobre as colônias.

Desejo de Livre Comércio: 

As colônias queriam substituir o pacto colonial pelo livre comércio, o que permitiria maior autonomia econômica.

Grupos Sociais Participantes

Diversos grupos sociais participaram do processo de independência:

Chapetones:

Espanhóis nascidos na Espanha que ocupavam os cargos mais altos na administração colonial. Eles defendiam os interesses da Coroa Espanhola e eram contra a independência.

Criollos:

Descendentes de espanhóis nascidos na América. Eles lideraram os movimentos de independência, buscando maior autonomia e poder político.

Mestiços e Indígenas:

Participaram das lutas, muitas vezes motivados pelo desejo de melhores condições de vida e liberdade.

Grupos, interesses e ideias dos grupos sociais

Chapetones:

Defendiam a manutenção do status quo e os privilégios associados ao domínio espanhol.

Criollos:

Inspirados pelos ideais iluministas, buscavam a independência para obter maior controle político e econômico.

Mestiços e indígenas:

Lutavam por melhores condições de vida e liberdade, muitas vezes almejando a abolição das práticas opressivas coloniais.

Principais Lideranças

As lideranças do movimento de independência incluíram figuras notáveis como:

Simón Bolívar: Conhecido como “El Libertador”, liderou movimentos de independência na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

José de San Martín: Liderou a independência da Argentina, Chile e Peru.

Miguel Hidalgo: Iniciou o movimento de independência no México com o famoso "Grito de Dolores".

Consequências da Independência

A independência da América Espanhola teve várias consequências:

Fragmentação Territorial:

As colônias se dividiram em várias nações independentes, muitas vezes com fronteiras disputadas.

Poder das elites criollas:

As novas nações foram frequentemente dominadas por elites criollas, que mantiveram muitas das estruturas sociais e econômicas coloniais.

Instabilidade Política:

A fragmentação e a luta pelo poder resultaram em períodos de instabilidade política e conflitos internos.

Dependência Econômica:

Apesar da independência política, muitas dessas novas nações continuaram economicamente dependentes de potências europeias, especialmente da Inglaterra.

Desafios políticos e sociais:

Houve instabilidade política e desafios na construção de governos estáveis. Além disso, a estrutura social colonial, com desigualdades entre brancos, indígenas e mestiços, muitas vezes se manteve.

Desenvolvimento e

conômico:

A economia das novas nações continuou baseada na exportação de matérias-primas, sem grande desenvolvimento industrial.

Ligação do passado com o Presente:

As consequências da independência ainda são visíveis hoje. A fragmentação territorial e a dominação das elites criollas influenciaram a formação das nações latino-americanas.

A luta por igualdade e justiça social continua a ser uma questão relevante, refletindo as tensões e desafios herdados do período colonial.

Foto do quadro (aula 02 setembro 2024) Turma NEJA

Próxima aula:

Emancipação política da América portuguesa (Independência do Brasil)

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