Piratas em nome da Coroa
As notícias da descoberta do caminho marítimo para as Índias e de um novo continente se espalharam rapidamente pela Europa, despertando a cobiça de franceses e ingleses, interessados também nas riquezas que essas terras podiam oferecer.
Especiarias
Grandes Navegações - descoberta do caminho marítimo para as Índias e de um novo continente.
Significado de cobiça
Quando Portugal iniciou a exploração do Atlântico africano, em 1415, Inglaterra e França estavam envolvidas na Guerra dos Cem Anos (1337-1453), conflito que consumiu muitos recursos e muitas vidas. Por isso, esses países iniciaram sua expansão marítima tardiamente em relação aos países ibéricos.
Périplo africano foi a estratégia portuguesa que aconteceu no século XV e XVI para encontrar uma nova rota marítimo-comercial que ligasse a Europa às Índias durante o período das grandes navegações. Essa estratégia consistia em dar a volta pelo sul da África para viajar em direção ao oriente.
Representação atual de um ataque pirata a um navio espanhol que viajava da América em direção à Europa.
Porém, quando ingleses e franceses se lançaram nas viagens oceânicas, as terras do Novo Mundo já tinham sido divididas entre os reinos ibéricos. Excluídos do Tratado de Tordesilhas, Inglaterra e França recorreram muitas vezes à pirataria para tirar proveito das riquezas extraídas da América e dos entrepostos comerciais ibéricos na Ásia e na África, dando início a uma acirrada disputa, nos mares e em terra firme, por produtos e mercados.
Tratado de Tordesilhas (1494)
Inglaterra e França recorreram muitas vezes à pirataria para tirar proveito das riquezas extraídas da América e dos entrepostos comerciais ibéricos na Ásia e na África.
Os piratas que atuavam a mando dos reis ingleses e franceses recebiam uma carta de corso, documento que certificava que eles navegavam a serviço da Coroa. Por isso esses piratas eram conhecidos como corsários. Os bens que roubavam eram divididos, em partes previamente combinadas, entre o corsário e os investidores da expedição marítima – o Estado, na pessoa do rei, e os grandes comerciantes locais.
Ataque corsário
Um dos principais alvos desses piratas era a frota das Índias, comboio de galeões espanhóis que faziam a rota entre a América e a Europa. A viagem era feita anualmente com os navios carregados de prata, ouro, esmeraldas, pérolas e outros produtos lucrativos extraídos das colônias espanholas na América. Porém, como as frotas navegavam fortemente armadas, raramente renderam-se aos ataques de piratas.
Incursões francesas na América
Desde a chegada dos portugueses à América, em 1500, os franceses marcaram presença na costa brasileira. Eles exploravam o pau-brasil e, em algumas ocasiões, procuraram estabelecer colônias no território. Desejando ter direitos à partilha das novas terras descobertas, a França investiu na colonização do Novo Mundo. Veja a seguir.
Incursões francesas na América
França Antártica. Em 1555, a serviço da Coroa francesa, o capitão Nicolas Durand de Villegagnon e seus homens invadiram a Baía de Guanabara, no atual Rio de Janeiro, onde construíram um forte e fundaram a França Antártica. Entretanto, em 1567, os franceses e seus aliados indígenas foram derrotados pelas forças portuguesas.
França Antártica - foi uma colônia francesa estabelecida na região da Baía do Rio de Janeiro (como era então conhecida a Baía de Guanabara), no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, no século XVI, com o apoio dos tamoios, a população nativa da Guanabara, existindo de 1555 a 1570, quando os últimos remanescentes da aliança franco-tamoia foram derrotadas na Batalha do Cabo Frio.
França Equinocial. Em 1612, sob o comando do capitão francês Daniel de La Touche, os franceses fundaram o povoado de Saint Louis, atual cidade de São Luís, no Maranhão. Em 1615, foram expulsos por tropas luso-brasileiras, enviadas da capitania de Pernambuco, sob o comando de Jerônimo de Albuquerque.
Denomina-se França Equinocial aos esforços franceses de colonização da América do Sul em torno da linha do Equador, no século XVII. O mais significativo legado desse empreendimento colonial é a cidade de São Luís, atual capital do estado brasileiro do Maranhão, originalmente uma feitoria francesa.
Nova França. Na América do Norte, no início do século XVII, os franceses estabeleceram povoamentos bem ao norte da costa atlântica. Depois avançaram para o interior, fundando a Nova França (veja o mapa). No decorrer daquele século, ampliou-se a colonização francesa no território, estimulada sobretudo pelo comércio de peles na região.
A Nova França foi uma área colonizada pela França na América do Norte durante um período, que começa desde a exploração do Rio São Lourenço pelo explorador francês Jacques Cartier, em 1534, até 1763, quando a região norte da Nova França foi cedida pelos franceses ao Império Britânico — que atualmente constituem as províncias canadenses de Ontário e de Quebec; e 1803, quando Napoleão Bonaparte vendeu o resto dos territórios franceses aos Estados Unidos.
No século XVII, os franceses se apossaram de Martinica e do Haiti, no Caribe, onde desenvolveram a produção de açúcar, café e cacau. No século seguinte, a França estendeu seus domínios na América do Norte com a ocupação do vale do Rio Mississípi, criando a Louisiana, nome escolhido em homenagem ao rei Luís XIV. O principal povoado francês na região era Nova Orleans, fundado em 1717.
Martinica e Haiti
Louisiana
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