Os Estados Unidos na Segunda Guerra e a ofensiva aliada

 Os Estados Unidos na guerra e a ofensiva aliada

Ataque japonês a base de Pearl Harbor - Principal motivo que legitimou a entrada das forças estadunidenses na Segunda Guerra Mundial.

No Pacífico, o Japão estava em guerra com a China desde 1937. Em junho de 1941, os japoneses ocuparam também o sul da Indochina, causando forte reação dos Estados Unidos, que tinham muitos interesses econômicos e estratégicos na região.

Disposto a afastar a influência dos Estados Unidos na Ásia, em 7 de dezembro de 1941, o Japão atacou a base estadunidense de Pearl Harbor, no Havaí. No dia seguinte, o Congresso dos Estados Unidos votou a declaração de guerra contra o Japão. Em seguida, Alemanha e Itália, aliadas do Japão, declararam guerra aos Estados Unidos.

A entrada dos Estados Unidos na guerra acabou envolvendo muitos países, entre eles o Brasil e o México, fortalecendo o bloco dos Aliados. Na Europa, Bulgária, Hungria e Romênia, aliados da Alemanha, também declararam guerra aos Estados Unidos.

A ofensiva aliada começou na Ásia, na Batalha de Midway, em junho de 1942. Os japoneses, decididos a controlar o Pacífico, atacaram a base de Midway. O bombardeio foi desastroso para o Japão, que perdeu quase 4 mil homens e 332 aviões. A partir de 1943, a aviação e a marinha dos Estados Unidos retomaram aos poucos os territórios ocupados pelos japoneses: Ilhas Marshall, Marianas, Filipinas e outras ilhas da região do Oceano Pacífico.

Na União Soviética, depois da derrota em Moscou, a ofensiva nazista voltou-se para a conquista do petróleo russo do Cáucaso. Nessa campanha, a batalha decisiva foi travada em Stalingrado (Batalha de Stalingrado), cidade de grande importância estratégica e política para alemães e soviéticos. O conflito terminou em 1943, com a rendição total do 6^o exército nazista, encarregado da operação, e um saldo de 1,5 milhão de mortos de ambos os lados.

Depois do fracasso alemão em território soviético, o Exército Vermelho iniciou o avanço em direção a Berlim, capital do Reich, retomando no caminho os territórios ocupados pelos nazistas no leste da Europa.

A última fase da guerra

Na Frente Ocidental, a ofensiva anglo-estadunidense começou com a expulsão de alemães e italianos do norte da África. Essa vitória facilitou a invasão da Itália em 1943 e a derrubada de Mussolini. Temendo que a Itália mudasse de lado na guerra, os alemães ocuparam o norte do país e resgataram Mussolini, que proclamou a República de Saló.

Em 6 de junho de 1944 (o Dia D), cerca de 160 mil soldados aliados, com o apoio de 6 mil navios e 5 mil aviões, desembarcaram na costa da Normandia, região costeira da França, abrindo uma nova frente da guerra no Ocidente.

Aos poucos, os Aliados libertaram a França, a Bélgica, a Holanda e ocuparam o lado oeste da Alemanha. Em abril de 1945, os exércitos soviéticos entraram nos subúrbios de Berlim. Os chefes alemães refugiaram-se em abrigos subterrâneos, enquanto os soldados travavam uma luta desesperada para defender o coração da capital nazista.

A luta alemã foi inútil. No final de abril, Hitler e sua companheira Eva Braun se suicidaram, exemplo seguido por outros líderes nazistas. Nesse mesmo mês, Mussolini foi capturado e executado pelos partisans, dando fim à República de Saló. Em 2 de maio, os soviéticos tomaram Berlim e hastearam a bandeira vermelha no alto do Reichstag. Cinco dias depois, em 7 de maio, a Alemanha se rendeu incondicionalmente.

Contudo, a guerra continuou no Pacífico. No dia 6 de agosto, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, matando milhares de pessoas. No dia 9, foi a vez de Nagasaki. Derrotado, o governo japonês assinou a rendição no dia 2 de setembro de 1945.

Soldado soviético hasteando a bandeira da União Soviética no topo do Reichstag, em Berlim, na Alemanha, em maio de 1945.

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