O Eixo a caminho do leste
Ainda em junho de 1940, Mussolini entrou na
guerra ao lado da Alemanha e avançou para o norte da África. Nessa região, o
socorro enviado pela Alemanha poupou os italianos de uma derrota total contra
os ingleses.
Na Europa, Alemanha e Itália voltaram-se para
os Bálcãs. A Itália invadiu a Grécia através da Albânia. Em seguida, as tropas
alemãs entraram na Romênia e na Bulgária para consolidar a adesão desses países
às forças do Eixo. Em abril de 1941, forças da Alemanha, da Bulgária e da
Hungria invadiram a Iugoslávia e entraram na Grécia para novamente salvar os
italianos de uma derrota.
Em meados de 1941, boa parte da Europa estava
nas mãos dos nazistas ou de governos aliados de Hitler. O Führer podia, então,
voltar-se para a União Soviética. Os recursos naturais do território soviético,
principalmente as reservas de petróleo, eram o grande alvo da ambiciosa
expansão nazista. Além disso, a União Soviética era considerada a pátria dos
comunistas e tinha uma população de maioria eslava, muito discriminada pelos
nazistas.
“Os soviéticos sofriam duplo preconceito, por
serem eslavos e por serem comunistas. Em relação a eles também o objetivo era a
destruição completa. A invasão da União Soviética pela Alemanha, em junho de
1941, reforçou a arrogância dos alemães, e o massacre impetrado a civis e
militares deu-lhes a ilusão de que o objetivo seria atingido.”
CAPELATO, Maria Helena; D’ALESSIO, Márcia
Mansor. Nazismo: política, cultura e holocausto. São Paulo: Atual, 2004. p. 32,
92-95. (Coleção Discutindo a história)
O governo soviético, porém, mantinha uma
política de neutralidade. Confiante no Pacto de Não Agressão assinado com
Hitler, Stalin acreditava que a União Soviética estava segura, apesar do alerta
da Orquestra Vermelha, a eficiente rede de espionagem soviética que atuava na
Alemanha e em territórios ocupados pelos nazistas na Europa Ocidental. Na
madrugada de 22 de junho de 1941, o exército nazista cruzou as fronteiras da
União Soviética.
Tropas nazistas na cidade soviética de
Vitebsk, destruída pelas chamas, em agosto de 1941. Durante a guerra, os
soviéticos adotaram a tática de terra arrasada. Antes de abandonar uma área, os
moradores destruíam plantações, casas e cidades para dificultar a sobrevivência
dos alemães em território soviético.
A guerra na União Soviética
Os alemães avançaram rapidamente no
território soviético e, em setembro, chegaram a Leningrado. Evitando o custo de
um combate direto com os russos, os nazistas impuseram um cerco à cidade que
durou 900 dias. A Operação Barbarossa, como ficou conhecida,
deveria terminar antes do inverno, como nos mostra a seguinte diretriz do alto
comando alemão, de dezembro de 1940.
“As forças alemãs devem estar preparadas para
esmagar a União Soviética numa campanha rápida, mesmo antes da conclusão da
guerra contra a Inglaterra. Para este propósito, o exército deverá empregar
todas as unidades disponíveis [...].”
SHIRER, William L. Ascensão e queda
do Terceiro Reich. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964. v. 3.
p. 283-284.
A campanha alemã começou a se complicar no
final de 1941, quando chegou às portas de Moscou. Ali, os alemães sofreram,
diante do Exército Vermelho, sua primeira grande derrota e foram obrigados a
recuar. O conflito prosseguiu, e os nazistas tiveram que travar no território
soviético uma guerra muito mais prolongada do que Hitler havia previsto.
Nos combates da Frente Oriental, os alemães
empregaram um grau de violência que não se verificou na Frente Ocidental. Nas
duas frentes houve massacres e muito sofrimento, mas nada que se comparasse à
campanha sangrenta na União Soviética, que perdeu mais de 20 milhões de pessoas
no conflito.
Duas razões explicam a brutalidade da
ofensiva alemã na União Soviética: a ideologia racista do nazismo, que
classificava os eslavos como inferiores, e o objetivo de Hitler de destruir o
comunismo soviético e conquistar o “espaço vital” para o desenvolvimento da
Alemanha.
Soldados nazistas na cidade de Minsk, na União Soviética, em julho de 1941. Apenas na conquista de Minsk e Smolensk, em junho-julho de 1941, cerca de meio milhão de soviéticos foi morto pelas forças do Eixo.
A Batalha de Stalingrado
A Batalha de Stalingrado ou Batalha de Estalinegrado foi um grande combate travado entre a Wehrmacht e seus aliados do Eixo contra as tropas da União Soviética pela posse da cidade de Stalingrado, às margens do rio Volga, entre 23 de agosto de 1942 e 2 de fevereiro de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial.
Marcada por violentos combates em ambientes fechados, privações e desrespeito e desprezo pela vida de militares e civis, a luta em Stalingrado acabou sendo a maior (mais de 2,2 milhões de soldados envolvidos) e mais sangrenta (1,8 a 2 milhões de mortos, feridos ou capturados) batalha na história das guerras. Após serem derrotados, o Alto Comando alemão teve que retirar e relocar várias tropas estacionadas na Frente Ocidental para o leste, a fim de substituir suas perdas.
A batalha foi um dos pontos de virada da guerra na Frente Oriental, marcando o limite da expansão alemã no território soviético, a partir de onde o Exército Vermelho empurraria as forças alemãs até Berlim.
Batalha de Stalingrado Canal History Brasil
Clique no link abaixo e veja o vídeo.
https://youtu.be/kgF4gcnLSy8?si=IcxQRNqwsOQ4Sy6D
Foto do quadro - resumo aula.
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