Roma: da monarquia à república (Roma parte 01)
Antes de iniciarmos o estudo, clique no link abaixo e veja o vídeo.
https://youtu.be/SfoAgpJwF5g?si=KLVKIbtRYslwm0Sj
As origens de Roma
1ª explicação - Fundação devido as ondas migratórias (povos itálicos).
2ª explicação - Lenda da fundação de Rômulo e Remo.
As ondas migratórias que fundaram Roma
Na mesma época em que os gregos colonizavam terras na costa do Mediterrâneo e do Mar Negro, povos latinos fundavam, na Península Itálica, a cidade de Roma.
> Povos itálicos = Latinos (se fixaram no centro), samnitas (fixação no sul da Península Itálica), sabinos (centro norte) entre outros.
Os grupos de origem indo-européia teriam chegado à Itália por volta de 2200 a.C., tendo os povos denominados itálicos ou italiotas ocupado o centro-sul da península, e os séculos, a Sicília. Os dois principais subgrupos dos itálicos eram os samnitas e os latinos.
O povoamento da Península Itálica resultou de várias ondas migratórias. A principal delas foi a dos povos itálicos, que começaram a entrar no território por volta de 2200 a.C. Entre esses povos se destacavam os latinos, que se fixaram no centro da península, e os samnitas, que se estabeleceram mais ao sul.
Outro povo que se fixou na península foram os etruscos. De origem incerta, eles se estabeleceram ao norte do Rio Tibre, onde desenvolveram o comércio marítimo, a pirataria, a agricultura, a criação de rebanhos e o artesanato. Por volta do século VII a.C., os etruscos já formavam uma confederação de cidades-Estado e mantinham intensos contatos comerciais com os fenícios e os gregos.
Os gregos (helenos) também fundaram importantes colônias no sul da Península Itálica e na Sicília, onde viviam cartagineses e diferentes povos itálicos. Os helenos só não conseguiram avançar para o norte porque foram barrados por cartagineses e etruscos.
Muitos mitos envolvem a fundação de Roma. Segundo a tradição, a cidade teria sido fundada em 753 a.C. Vestígios arqueológicos indicam que, de fato, por volta do século VIII a.C., formou-se uma comunidade naquela área. Ela era composta de várias aldeias latinas, unidas provavelmente para se defenderem dos sabinos, outro povo itálico que vivia na região.
Antigos povos da Península Itálica
Fonte: KINDER, Hermann; HERGT, Manfred; HILGEMANN, Werner. Atlas histórico mundial: de los orígenes a nuestros días. 22. ed. Madri: Akal, 2007. p. 74.
Clique no link abaixo e veja o vídeo sobre os etruscos.
https://youtu.be/iui_27sIIZg?si=Xpqhj5sRMHtBRCZR
A origem lendária de Roma
Lenda de Rômulo e Remo
A mais conhecida lenda sobre a origem de Roma narra a trajetória dos gêmeos Rômulo e Remo, filhos do deus Marte e da humana Reia Sílvia (filha do rei da cidade de Alba Longa).
deus Marte e da humana Reia Sílvia (filha do rei da cidade de Alba Longa).
Conta-se que Reia foi obrigada a jogar seus filhos nas águas do Rio Tibre após seu pai ser destronado pelo tio. Os gêmeos foram encontrados por uma loba, que os amamentou até serem acolhidos por um casal de pastores.
Os gêmeos foram encontrados por uma loba, que os amamentou até serem acolhidos por um casal de pastores.
Quando se tornaram adultos, os gêmeos se vingaram do tio, tomaram de volta o trono e fundaram uma nova cidade: Roma. Na disputa para decidir quem seria o primeiro rei de Roma, Rômulo matou o próprio irmão.
Para decidir quem seria o primeiro rei de Roma, Rômulo matou Remo.
A periodização da História de Roma na antiguidade
1º período: Monarquia romana (753-509 a.C.)
2º período: República romana (509-27 a.C.)
3º período: Império romano (27 a.C. - 476 d.C.)
A monarquia romana (753-509 a.C.)
A história antiga de Roma geralmente é dividida em três períodos, que correspondem aos regimes políticos adotados entre a fundação da cidade e a queda do último imperador romano: monarquia, república e império.
Desde a sua fundação, ao longo do período monárquico, Roma foi governada por reis, que eram escolhidos pelo Senado, um conselho formado pelos chefes das famílias aristocráticas romanas. Os reis podiam declarar guerras, administrar a justiça e presidir rituais religiosos. Apesar disso, deviam ouvir a opinião do Senado e dependiam das assembleias para garantir seu poder.
Durante a monarquia, Roma cresceu rapidamente. Esse crescimento se acelerou no século VII a.C., quando os etruscos se espalharam pela Planície do Lácio e expandiram a atividade comercial na região. Com isso, Roma urbanizou-se e tornou-se o centro do domínio etrusco na região do Lácio.
Cronologia da história política romana
Periodização da história da Roma Antiga
Estrutura social na Roma antiga
A sociedade romana do período monárquico dividia-se basicamente nos seguintes grupos.
Patrícios. De patres, que significa pais. Pertenciam às famílias que se consideravam descendentes dos fundadores de Roma. Eram muito ricos e possuíam gado e terras. Formavam a aristocracia da cidade.
Plebeus. De plebs, que significa multidão. Eles trabalhavam no comércio, no artesanato, na agricultura e na criação de rebanhos e eram obrigados a servir no exército. Até o início da república, não podiam participar da vida política, mesmo quando enriqueciam.
Clientes. Podiam ser tanto plebeus quanto patrícios. Os membros desse grupo pertenciam a famílias que juravam fidelidade ao chefe de outra família, o chamado patrono, que em geral era um patrício. Para o patrício, quanto maior o número de clientes sob sua proteção, maior era o seu prestígio social e político.
Também havia em Roma nesse período um pequeno número de escravos. Ao contrário dos plebeus, eles não eram livres até conseguir quitar sua dívida com um credor.
A república romana (509-27 a.C.)
No final do século VI a.C., o domínio etrusco chegou ao fim. O mais provável é que os reis etruscos tenham perdido o apoio da aristocracia romana e se enfraquecido com a oposição dos plebeus. Com o fim da monarquia, em 509 a.C., o governo de Roma passou a ser uma res publica, que em latim significa “coisa pública”. Porém, essa “coisa pública” tinha um sentido diferente daquele que usamos atualmente.
Na nossa sociedade, um bem público é aquele que pertence a uma coletividade. Um parque público, por exemplo, pode ser utilizado por todas as pessoas. Na república romana, no entanto, “coisa pública” significava que o Estado deixava de pertencer ao rei para ser administrado pelos cidadãos, que no início eram apenas os patrícios.
Nova ordem política
No período republicano, os antigos reis foram substituídos por dois cônsules. Eles eram escolhidos pelos patrícios no Senado e auxiliados por magistrados e pelas assembleias, que estavam divididas da seguinte maneira.
- Assembleia por cúria. Os cidadãos eram divididos pelo local de origem ou de residência.
- Assembleia por centúrias. Divisão dos cidadãos de acordo com a riqueza e a participação no exército.
- Assembleia da plebe. Formada apenas por plebeus. Podiam eleger os magistrados, mas não podiam exercer cargos políticos, direito que era exclusivo dos patrícios.
Os magistrados eram eleitos pelos cidadãos, em geral para um mandato anual (veja o quadro a seguir). O exercício da magistratura não era remunerado, o que significa que apenas os patrícios mais ricos tinham condições de desempenhar essa função.
Principais magistrados romanos | |
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Cônsules | Comandavam os exércitos em tempos de guerra, além de presidir o Senado e os comícios. |
Pretores | Eram responsáveis pela justiça. |
Edis | Cuidavam dos serviços públicos (abastecimento da cidade, segurança, pavimentação das ruas e organização de jogos públicos). |
Questores | Administravam o tesouro público. |
Censores | Faziam a contagem da população, controlavam a conduta do cidadão e supervisionavam as despesas públicas. |
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