Império Persa
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A formação do Império Persa
Mapa Império Persa
Por volta do século VII a.C., no planalto Iraniano, localizado entre o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico, havia duas grandes tribos de origem ariana, que formavam dois reinos independentes: os medos e os persas. Os persas foram dominados pelos medos até meados do século VI a. C., quando o rei persa Ciro, o Grande, conquistou o Reino da Média, originando o Império Persa.
No decorrer de suas campanhas militares, Ciro estendeu os limites do Império ao conquistar novas regiões, como a Lídia e as cidades gregas da Ásia Menor. Em 539 a.C. conquistou a Babilônia e libertou os hebreus do cativeiro imposto por Nabucodonosor II, permitindo que retornassem a Jerusalém e construíssem o Segundo Templo de Jerusalém. Por esse motivo, o rei persa é visto pelos hebreus como libertador.
"Assim fala Ciro, rei da Pérsia: Yahveh, o Deus do céu, entregou-me todos os reinos da terra e me encarregou de construir-lhe um Templo em Jerusalém [...]. Todo aquele que, dentre vós, pertence a seu povo, Deus esteja com ele e suba a Jerusalém, na terra de Judá [...]."
Esdras 1.1 - 3. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. p. 628.
O auge do Império Persa se deu sob o reinado de Dario I, que assumiu o trono em 522 a.C. e manteve a política expansionista de seus antecessores. Com Dario I, os domínios persas se estendiam da Ásia Menor, a oeste, à faixa ocidental da Índia, a leste, além do Egito, na África. O grande mérito de Dario, no entanto, foi reunir e organizar em uma única administração populações muito diferentes.
Satrapias: a administração do Império
Segundo uma política iniciada por Ciro, a estratégia de Dario para administrar os domínios persas foi dividir o território em províncias, que eram chamadas de satrapias, administradas pelos sátrapas (governadores). Os sátrapas tinham muito poder e governavam seus territórios com relativa autonomia, mas deviam recolher tributos para o rei, além de comandar tropas e aplicar as leis reais.
Satrapias
Os principais cargos na hierarquia administrativa eram reservados à elite persa, o que constituía uma forma estratégica para manter o poder em suas mãos. O comando do Exército, por exemplo, era exercido pelos membros da família real e pelas famílias da nobreza persa, enquanto a massa dos soldados era formada por todos os povos do Império, geralmente, os militares de baixa graduação eram pessoas das classes mais populares. Dessa maneira, o rei garantia a centralização do poder militar em suas mãos.
Sob o domínio dos persas, as antigas capitais dos reinos autônomos transformaram-se em centros das satrapias, formando um império unificado. As províncias gozavam, contudo, de grande autonomia cultural, podendo manter sua língua, sua religião e suas tradições. Em compensação, eram obrigadas a pagar impostos. A Índia, o Egito e a Mesopotâmia, por exemplo, forneciam gado, trigo, ouro e prata, além de tecidos, vasos e animais.
O Império Persa também se destacava por sua impressionante capacidade construtiva. Dario ordenou a criação de um sistema de estradas lingando as mais distantes satrapias ao centro do Império. Outra medida foi introduzir o dárico como moeda única, proibindo os sátrapas de cunhar moedas.
O Dárico era uma moeda de ouro com cerca de 8,4 gramas comum no Império Aquemênida, desde a sua introdução pelo rei Dario I, a qual lhe deu o nome de si mesmo.
Zoroastrismo
Religião do Império Persa, o zoroastrismo foi fundado pelo profeta Zaratustra. Caracterizava-se pela a existência de mais de um deus, pela luta constante entre os dois deuses: Ahura Mazda, que representava o bem, e o Ariman, que representava o mal. Segundo Zaratustra, no fim dos tempos haverá um julgamento final, no qual aqueles que vivem para o mal serão condenados ao inferno, enquanto os que vivem pelo bem ingressarão nos céus. A crença de que o imperador recebia o direito de governar das mãos de Ahura Mazda contribuiu para manter a centralização do poder que caracterizou o Império.
Antiga religião persa fundada no sVII a.C. por Zoroastro (ou Zaratustra), caracterizada pelo dualismo ético, cósmico e teogônico que implica a luta primordial entre dois deuses, representantes do bem e do mal, presentes e atuantes em todos os elementos e esferas do universo, incluindo o âmbito da subjetividade e das relações humanas [O zoroastrismo influenciou em diversos aspectos doutrinários a tradição judaico-cristã.].
Significado de dualismo
O fim do Império Persa
O declínio do império está relacionado aos conflitos com os gregos.
Em 490 a.C., Dario I tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado na célebre Batalha de Maratona. Após sucessivas derrotas, os persas reconheceram a hegemonia grega no Mar Egeu e na Ásia Menor (Lídia). Para agravar a situação, várias satrapias, esgotadas pelo pagamento dos pesados tributos, revoltaram-se contra o domínio persa. No plano interno, travavam-se violentas lutas pelo poder. Enfraquecidos, o império não resistiu ao avanço dos exércitos macedônicos, comandados por Alexandre Magno (Alexandre, o Grande - rei da Macedônia), que dominaram toda a Pérsia.
Batalha de Maratona - Clique no link e veja o documentário do canal History Channel
Batalha de Maratona
Alexandre, o Grande - Rei da Macedônia, conquistou o Império Persa
Exercícios
01 - Onde ficava localizado o Império Persa?
02 - Quais eram as duas principais tribos do planalto Iraniano?
03 - Como surgiu o Império Persa?
04 - Informe alguns feitos (ações) do imperador Ciro, o Grande:
05 - Por que o rei persa é visto pelos hebreus como libertador?
06 - Cite algumas realizações (feitos) do rei Dario I:
07 - O que eram as satrapias?
08 - Quem eram os sátrapas?
09 - Mencione algumas obrigações dos sátrapas:
10 - Quem exercia os principais cargos na hierarquia administrativa no império persa? Por que isso acontecia?
11 - As províncias possuíam grande autonomia cultural, dê exemplo disso: Como essa autonomia era conseguida?
12 - Informe quatro características do zoroastrismo:
13 - Cite quatro fatores que proporcionaram o fim do Império Persa:
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