terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A República Oligárquica em crise: O Tenentismo

A insatisfação com o governo oligárquico


A insatisfação com o governo era crescente durante a década de 1920

Na década de 1920, as políticas de incentivo à agricultura exportadora e a dominação das oligarquias paulista e mineira nos cargos importantes do governo, somadas à crise econômica mundial (após a Primeira Grande Guerra), que também atingiu o Brasil, tornaram o regime político do período insustentável. Entre os grupos descontentes estavam os operários e também as camadas médias urbanas, formadas por profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos e militares de baixa patente, como os tenentes.


Política nacional dominada pelas oligarquias de São Paulo e Minas Gerais.


Constante na história do capitalismo brasileiro, o lucro fica com a burguesia e quando existe o prejuízo, este fica com o Estado. A oligarquia do café como as 
políticas de incentivo à agricultura exportadora e proteção do preço do café.

Os latifundiários também estavam insatisfeitos com o governo. A partir da segunda metade da década de 1920, a crise econômica que atingiu bolsas de valores do mundo todo tornou os preços do café no mercado internacional muito instáveis, provocando a diminuição das vendas e o declínio dos lucros obtidos com o produto. Os grupos agroexportadores que estavam no poder e dirigiam uma política governamental de proteção ao café (lembre Convênio de Taubaté) compravam com dinheiro público e estocavam os excedentes do produto para  tentar estabilizar os preços (tentavam diminuir a oferta para elevar os preços). No entanto, essa política era duramente criticada pelos grupos que não estavam ligados à cafeicultura e não recebiam incentivos estatais para investir em outras atividades econômicas, sofrendo com as consequências da crise.


Devido a crise mundial, o preço do café no mercado mundial oscilava muito, geralmente desvalorizando, diminuindo o lucro dos cafeicultores.

O tenentismo


Movimento dos tenentes (Tenentismo)

O tenentismo, como foi chamada uma série de levantes militares que eclodiram no início da década de 1920, formado por jovens oficiais do Exército, a maioria proveniente das classes médias urbanas. 

O que o tenentismo criticava?

Os tenentes criticavam o sistema eleitoral brasileiro (fim do voto de cabresto, das fraudes eleitorais e exigiam o voto secreto), o crescimento da dívida externa, o descontrole das finanças públicas e o privilégio dados aos grupos agroexportadores por meio das políticas protecionistas do governo federal. 


Criticavam a política oligárquica e o sistema eleitoral da Primeira República, além do aumento da dívida pública, descontrole da finanças do governo e os privilégios dos coronéis.

Objetivos do movimento tenentista

Eles desejavam reformar as instituições republicanas, principalmente por intermédio da centralização do poder e da defesa do nacionalismo, uma vez que consideravam os grupos oligárquicos dominantes como representantes do Imperialismo no Brasil ("marionetes" dos líderes das grandes potenciais capitalistas internacionais), tendo em vista os acordos comerciais e as relações com os outros países.

Apesar de a maioria dos tenentistas ser formada por oficiais de baixa patente, o movimento contava com alguns oficiais de alta patente que desejavam destituir as oligarquias do poder e modernizar o Exército.

Os principais levantes tenentistas aconteceram em 1922 (ano de comemoração do primeiro centenário da independência do Brasil) e 1924, tais como:

*  A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Nesta revolta, ocorrida em 5 de julho de 1922, foi durante combatido pelas forças oficiais. 

* A Revolta Paulista (1924) e a Comuna de Manaus (1924).

Os Tenentes foram a força militar que atuou no Golpe de Estado de 1930 (Revolução de 1930), quando o presidente Washington Luís (último presidente da Primeira República) foi deposto.

A Coluna Prestes, movimento tenentista liderado por Luís Carlos Prestes, enfrentou poucas vezes as forças oficiais. Os participantes da coluna percorreram milhares de quilômetros pelo interior do Brasil, objetivando conscientizar a população contra as injustiças sociais promovidas pelo governo republicano.

Enfraquecimento do tenentismo 

O Tenentismo perdeu força após a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. O novo presidente, Getúlio Vargas construiu uma divisão no movimento, importantes nomes do movimento tenentista passaram para o lado de Vargas, trabalhando como interventores federais no Estados (representantes de Vargas nas províncias). Outros continuaram no movimento, fazendo parte, principalmente, da Coluna Prestes.

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