Integralistas e comunistas
Em meados da década de 1930, a economia brasileira não havia superado os efeitos da Grande Depressão. Com isso, setores da sociedade brasileira começaram a se mobilizar em torno de propostas a fim de superar a crise. Entre elas, destacaram-se duas organizações políticas.
Integralistas - Extrema direita brasileira, ultranacionalista, simpatizantes ao nazismo.
A Ação Integralista Brasileira (AIB), de caráter nacionalista, avaliava que a democracia era um regime incapaz de tirar o Brasil da crise. Assim, propunha uma forma de governo inspirada nos regimes totalitários, como o fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha. Como representantes da extrema-direita, os integralistas eram, sobretudo, contra o comunismo.
Integralistas - Nacionalistas, totalitaristas, simpatizantes do nazifascismo.
Clique no link abaixo e veja o vídeo ilustrativo sobre o integralismo.
https://youtu.be/9g7lgroT7f0?si=YwuzW0XDBMgMnbbd
Do outro lado, estava a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que se opunha ao integralismo e ao avanço do nazismo e do fascismo na Europa. Propunha a nacionalização de empresas estrangeiras, a reforma agrária e um governo popular para o Brasil. Embora dirigida pelo Partido Comunista, a ANL contava com a participação de anarquistas, liberais e socialistas.
Sede da ANL
Em novembro de 1935, a ANL organizou uma revolta com o objetivo de instaurar um governo revolucionário e popular. Prejudicado por falhas no planejamento, o movimento ficou restrito às cidades de Recife, Natal e Rio de Janeiro e foi logo reprimido. A rebelião serviu de pretexto para o governo decretar estado de sítio, censurar os meios de comunicação e prender os envolvidos na revolta, como o líder Luís Carlos Prestes.
Estado de sítio: situação em que o Estado suspende temporariamente certos direitos e garantias individuais com a finalidade de conter uma crise.
O levante de 1935 em Natal
A capital potiguar ficou quatro dias sob governo popular. Após um levante no batalhão do exército, iniciado no dia 23 de novembro de 1935, os rebeldes depuseram os governantes locais, incluindo o governador do estado, e assumiram o poder. Dirigidos pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), eles aboliram as tarifas cobradas nos bondes, que passaram a circular gratuitamente, e distribuíram roupas e alimentos ao povo. Porém, com as notícias de que tropas federais estavam a caminho, os revolucionários fugiram e a situação política retornou ao que era antes.
O Plano Cohen foi o grande álibi de Getúlio Vargas para tomar o poder antes das eleições presidenciais de 1938. O Plano Cohen foi uma suposta tentativa de tomada do poder por parte dos comunistas, em 1937. Ele foi denunciado por Vargas pela rádio e foi utilizado como justificativa para o golpe de Estado que instalou a ditadura do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937. Anos depois, comprovou-se a falsidade do plano e que sua real intenção era servir de justificativa para Getúlio Vargas instalar uma ditadura no Brasil.
O Plano Cohen foi notícia nos jornais após a sua divulgação pelo governo, que alarmou sobre o perigo de uma possível tomada de poder pelos comunistas.
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