quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Guerra Fria - Corrida armamentista, espacial e esportiva entre EUA e URSS

A corrida armamentista e espacial

Em 1945, as bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japoneses de Hiroshima e Nagasaki revelaram uma nova tecnologia bélica, com um poder de destruição em massa. O impacto do ataque estadunidense despertou a corrida de outras potências, sobretudo da União Soviética, para desenvolver a mesma arma. Em 1949, os soviéticos testaram sua primeira bomba nuclear.

A posse dessas armas pelas principais potências deixou o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética, capaz de destruir todo o planeta. Embora em alguns momentos os ataques mútuos parecessem eminentes, a consciência do poder destrutivo das armas nucleares forçava os dois países a agir estrategicamente, estudando e tolerando o inimigo, relaxando assim as tensões.


Corrida espacial entre EUA e URSS

A corrida armamentista estimulou a corrida espacial. O interesse em demonstrar superioridade econômica, científica e tecnológica, associado ao projeto de desenvolver armas espaciais, levou à exploração do espaço.

A União Soviética saiu na frente nesse novo campo de disputa, lançando, em 1957, o Sputnik I, primeiro satélite artificial que tinha a função de transmitir um sinal de rádio e testar sua resistência no espaço. No mesmo ano, lançou o Sputnik II, que levou ao espaço o primeiro ser vivo, a cadela Laika. Em abril de 1961, o major da Força Aérea da União Soviética, Yuri Gagarin, tornou-se o primeiro ser humano a viajar no espaço.

A grande conquista dos Estados Unidos veio em 1969, quando a missão Apollo 11, comandada pelo astronauta Neil Armstrong, pisou em solo lunar. A chegada da nave estadunidense à Lua pôs fim a uma década de hegemonia soviética nos programas de exploração espacial.


À direita, o míssil estadunidense Minuteman III, de alcance intercontinental, em plataforma de lançamento. Foto de 1989. À esquerda, a cadelinha Laika a bordo do Sputnik II, antes de partir para o espaço. Foto de novembro de 1957. A nave permaneceu 163 dias em órbita, mas Laika morreu poucos dias depois por falta de oxigênio. Os Estados Unidos enviaram vários macacos ao espaço, mas muitos, como Laika, não retornaram. Atualmente, um acordo internacional proíbe o envio de animais em viagens espaciais. 

Guerra Fria nos esportes

As tensões políticas entre o bloco capitalista e o bloco socialista também ficaram evidentes nos esportes, especialmente nos Jogos Olímpicos.

A União Soviética participou pela primeira vez da competição nas Olimpíadas de Helsinque, na Finlândia, em 1952. Com uma delegação de trezentos atletas, ela ocupou o segundo lugar no quadro de medalhas, logo atrás dos Estados Unidos. As tensões se agravaram nas Olimpíadas de Melbourne, em 1956. Pouco antes do início dos jogos, a Hungria foi invadida por tanques soviéticos, o que motivou a saída da Espanha, da Holanda e da Suíça, em sinal de protesto.

Em 1968, nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, a ginasta tcheca Vera Caslavsca dividiu o primeiro lugar com a soviética Larissa Petrik. No pódio, quando soou o hino da União Soviética, Vera voltou as costas para a bandeira vermelha, em sinal de protesto contra a repressão à Primavera de Praga.

Nas Olimpíadas de Moscou de 1980, em resposta à invasão do Afeganistão pela União Soviética, no ano anterior, os Estados Unidos boicotaram os jogos, seguidos de sessenta países. A União Soviética deu o troco: não participou dos jogos de Los Angeles (1984), boicote acompanhado por dezessete países.


Final de basquete masculino entre Estados Unidos e União Soviética nos Jogos Olímpicos de 1972, realizado em Munique, na Alemanha Ocidental. Na final, considerada polêmica, a seleção soviética saiu vitoriosa.

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