quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Reparações históricas - Corrigindo as heranças do processo de exploração e desigualdades.

 

Reparações históricas

Desde a redemocratização, o Brasil criou uma série de ações afirmativas a fim de reparar injustiças históricas e combater diferentes formas de discriminação, como os preconceitos de raça, gênero, idade, condição social, origem étnica e religiosa, orientação sexual ou em relação a pessoas com deficiência.

A população afrodescendente, por exemplo, ainda sofre com o racismo e a desigualdade social decorrentes, sobretudo, de mais de três séculos de escravidão. Os indicadores sociais mostram essa exclusão. Segundo o IBGE, em 2018, o rendimento médio dos negros era de R$ 934, enquanto o dos brancos era de R$ 1.846. Dos 10% com os rendimentos mais altos do país, os negros respondiam por apenas 27,7%.

A população indígena no Brasil, historicamente subtraída, enfrenta hoje a ­invasão de suas terras por parte de agricultores, pecuaristas, madeireiras e mineradores. Para superar esses problemas, muitos indígenas reivindicam maior autonomia e capacitação política e técnica para lidar com os desafios que a gestão de suas terras pode trazer, como conciliar os interesses de diferentes povos e estabelecer relações produtivas e justas com os não indígenas.

As mulheres, por sua vez, enfrentam o legado de uma longa tradição patriarcal. Elas frequentemente recebem salários inferiores aos dos homens que exercem a ­mesma função, além de acumular o trabalho fora de casa com as tarefas domésticas. Mas, graças aos movimentos feministas, essa desigualdade deixou de ser naturali­zada, e as mulheres têm reivindicado e conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e na política. Essas conquistas, porém, convivem com uma realidade ­alarmante: a violência contra a mulher. Apesar de a Lei Maria da Penha (2006) ter ­criado uma série de mecanismos para coibir esse problema, ela não foi capaz de eliminar a cultura do machismo no Brasil.

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