Governo Temer
Michel Temer, que atuava como
presidente interino desde maio de 2016, assumiu definitivamente a presidência
da república em agosto, após o Senado concluir o processo de impeachment de
Dilma. As medidas tomadas pela nova equipe de governo visavam retomar o
crescimento econômico e atrair investidores estrangeiros para o país. Para
isso, o governo apostou no equilíbrio das contas públicas, na redução da taxa
de juros e na queda da inflação.
Comprometido com as metas de
ajuste fiscal, o governo tomou medidas muito impopulares, que geraram grandes
protestos, como a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC 241/2016), que congelou por vinte anos
as despesas do governo, com cifras que serão corrigidas apenas pela inflação, e
a reforma trabalhista (Lei 13.467), que flexibilizou as relações de trabalho. A
partir da nova legislação, ficou permitido, por exemplo, o fracionamento das
férias, o home office (trabalho remoto) e o trabalho
intermitente (cuja remuneração é feita apenas pelo período trabalhado).
Embora tenha conseguido controlar
a inflação, Temer não teve sucesso em diminuir o desemprego, que, em abril de
2018, chegava a 13,1% da população economicamente ativa. Desgastado pela crise
econômica e pelas denúncias de corrupção envolvendo o presidente, ministros e
aliados políticos, Temer chegou ao final do mandato com um índice de rejeição
entre os brasileiros de 82%.
Nesse clima de incertezas, o
militar reformado Jair Bolsonaro, do PSL, foi eleito presidente nas eleições de
2018, numa disputa acirrada contra seu adversário Fernando Haddad, do PT.
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