sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Estudo dirigido Idade Média 1° Ano 24/10/25

Estudo dirigido - Idade Média - Primeiro Ano - CIEP 432.

Atividade individual ou em dupla.

Em folha solta.

Faça uma redação,  no modelo dissertativo-argumentativo com o tema " A Idade Média"

Nessa redação, a quantidade de linhas mínimas de 20 linhas.

Conteúdos esperados

Definição Idade Média 

Início e fim do período, além dos fatos históricos que marcam os respectivos o começar e o término desta era.

Características da Idade Média 

Política do período 

Economia 

Sociedade

Religião 

Principais fatos históricos 

Legado e contribuições 

A importância do estudo da História medieval no ensino médio. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Era Varga (1930 - 1945) Aula 2025

Era Vargas (1930 - 1945)



A Era Vargas: O Brasil entre a Revolução, o Autoritarismo e os Direitos Trabalhistas


O que foi a Era Vargas?
A Era Vargas foi um dos períodos mais decisivos e transformadores da história do Brasil,compreendendo os anos de 1930 a 1945 e, posteriormente, de 1951 a 1954. Caracterizou-se por uma forte centralização do poder nas mãos do Estado, pela modernização da economia e do aparato estatal, e pela criação de uma legislação trabalhista que moldaria as relações de trabalho no país por décadas. Foi uma época de profundas contradições, mesclando avanços sociais com autoritarismo político.


Quem foi Getúlio Vargas?
Getúlio Dornelles Vargas(1882-1954) foi um político gaúcho que se tornou a figura central da política nacional por quase vinte anos. Advogado e grande estancieiro, sua carreira política iniciou-se na Assembleia Legislativa e depois no Ministério da Fazenda. Era conhecido por seu estilo calculista, pragmático e por sua habilidade em negociações, o que lhe rendeu a alcunha de "O Chefe". Sua imagem foi construída em torno de duas facetas: a do "Pai dos Pobres", benfeitor das massas trabalhadoras, e a do ditador autoritário do Estado Novo.


Contexto Histórico e a Chegada ao Poder
Vargas chegou ao poder em 1930,no contexto da crise do sistema oligárquico da República Velha, dominado pela "política do café com leite" (alternância de poder entre São Paulo e Minas Gerais). A economia agroexportadora, dependente do café, foi severamente abalada pela Crise de 1929, que derrubou os preços das commodities no mercado internacional.

A insatisfação com o domínio das oligarquias era crescente, alimentada por setores da classe média urbana, tenentes militares reformistas e pela burguesia industrial emergente. A gota d'água foi a ruptura do pacto do café com leite, quando o presidente Washington Luís (paulista) indicou outro paulista, Júlio Prestes, para sucedê-lo, ignorando o candidato mineiro.


Derrotado nas eleições, Getúlio Vargas tornou-se o líder da Revolução de 1930, um movimento armado que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes. Vargas assumiu a chefia do "Governo Provisório", marcando o fim da República Velha.

Divisão Histórica da Era Vargas (1930-1945)
A Era Vargas pode ser dividida em três fases principais:

1. Governo Provisório (1930-1934): Período de centralização do poder, dissolução do Congresso e nomeação de interventores nos estados.
2. Governo Constitucional (1934-1937): Vargas é eleito presidente indiretamente pela Assembleia Constituinte de 1934, que promulgou uma nova Constituição. Foi um período de intensa agitação política, com a ascensão de grupos fascistas (Ação Integralista Brasileira - AIB) e movimentos de esquerda (Aliança Nacional Libertadora - ANL).
3. Estado Novo (1937-1945): Período ditatorial, iniciado com um golpe de Estado liderado pelo próprio Vargas, que fechou o Congresso Nacional e outorgou uma nova Constituição autoritária.


Características Gerais da Era Vargas
As principais características do período foram:

· Fortalecimento do Estado: O Estado assumiu o papel de principal agente da economia e do controle social.
· Nacionalismo Econômico: Defesa dos recursos nacionais e criação de empresas estatais.
· Industrialização por Substituição de Importações: Incentivo à produção interna para reduzir a dependência externa.
· Populismo: Estabelecimento de um vínculo direto entre o líder e as massas, bypassando as instituições tradicionais.
· Autoritarismo e Centralização: Supressão das liberdades democráticas, especialmente durante o Estado Novo.
· Culto à Personalidade: Construção da imagem de Vargas como um líder paternalista e indispensável.

Economia, Política, Sociedade e Cultura

· Economia: O Estado promoveu a industrialização, criando bases para setores como siderurgia (Companhia Siderúrgica Nacional - CSN) e mineração (Companhia Vale do Rio Doce). O intervencionismo estatal era a regra, com órgãos como o Conselho Federal de Comércio Exterior (CFCE) controlando as atividades econômicas.
· Política: A política foi marcada pela supressão dos partidos políticos e pela centralização do poder no Executivo. O pluripartidarismo foi extinto, e o poder legislativo foi fechado ou severamente controlado.
· Sociedade: Houve uma significativa transição de uma sociedade rural para uma sociedade urbana. A criação das leis trabalhistas integrou o operariado ao sistema, cooptando seus anseios e evitando movimentos revolucionários.
· Cultura: O Estado promoveu uma cultura nacionalista e ufanista, com o samba, o futebol e as rádios sendo utilizados como instrumentos de propaganda e unificação nacional. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi o principal órgão de censura e difusão da ideologia varguista.

O Trabalhismo e a Imagem de "Pai dos Pobres"
Vargas construiu cuidadosamente a imagem de"Pai dos Pobres", um líder benevolente que concedia direitos aos trabalhadores. O trabalhismo foi a base dessa relação. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, sintetizou uma série de direitos, como:

· Carteira de Trabalho
· Jornada de 8 horas
· Descanso semanal remunerado
· Férias
· Salário Mínimo
· Previdência Social (criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões)

Essas conquistas, embora muitas vezes fossem uma forma de controle estatal sobre os sindicatos (através do peleguismo), garantiram a Vargas um apoio massivo das classes populares.

A Festa do Trabalho e o Estádio de São Januário
Em 1º de maio de 1940,Vargas anunciou o Salário Mínimo em um grande comício no Estádio de São Januário, do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Esse evento simbolizou a apropriação pelo Estado do Dia do Trabalho, que deixou de ser uma data de protesto operário para se tornar uma festa cívica, onde o governo anunciava novas benesses trabalhistas, reforçando o mito do "pai dos pobres".

Principais Opositores e a Revolução Constitucionalista de 1932
Os opositores de Vargas eram diversos:

· Oligarquias Tradicionais: Especialmente as paulistas, que perderam poder com a Revolução de 1930. Esse descontentamento levou à Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento armado em São Paulo que exigia uma constituição e o fim do governo provisório. Embora derrotado militarmente, o movimento pressionou Vargas a convocar a Assembleia Constituinte de 1934.
· Integralistas (AIB): De inspiração fascista, foram aliados de Vargas no início, mas foram suprimidos por ele após o golpe do Estado Novo.
· Comunistas (PCB) e Liberais: Eram perseguidos sistematicamente pelo regime, vistos como ameaças à ordem.

O Plano Cohen e o Golpe do Estado Novo
Em 1937,às vésperas das eleições presidenciais, o governo divulgou um suposto plano comunista para tomar o poder, o Plano Cohen (posteriormente revelado como uma farsa forjada por integralistas com conivência do governo). Usando esse "perigo vermelho" como justificativa, Vargas deu um golpe de Estado, fechou o Congresso e outorgou a Constituição de 1937, de caráter claramente autoritário e inspirada no fascismo, inaugurando o Estado Novo.

Autoritarismo, Censura e Perseguição
O Estado Novo foi um regime ditatorial.Suas principais características foram:

· Censura Prévia: O DIP controlava todos os meios de comunicação.
· Perseguição Política: Opositores eram presos, torturados e exilados. A polícia política de Vargas, chefiada por Filinto Müller, era notória por sua brutalidade.
· Supressão de Direitos: A Constituição de 1937 conferia poderes quase absolutos ao presidente e suspendia as eleições diretas.

Vargas e o Fascismo
Embora o Estado Novo tivesse elementos similares ao fascismo(nacionalismo, autoritarismo, culto ao líder, controle da mídia), ele não era uma réplica exata. Vargas era, acima de tudo, um pragmático. Ele se aproveitou da simbologia e dos métodos fascistas para se manter no poder, mas sua base de sustentação era mais diversificada, incluindo os militares e as massas trabalhadoras.

Brasil na Segunda Guerra Mundial
Aqui reside uma grande contradição:enquanto mantinha um regime autoritário em casa, o Brasil se aliou aos Aliados (Estados Unidos e Reino Unido) na luta contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra. A participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, somada à pressão interna, criou um ambiente insustentável: era difícil combater o fascismo na Europa enquanto se mantinha uma ditadura no Brasil. O "senta a pua" da FEB contrastava com o "senta a pua" que os opositores de Vargas sofriam no país.

Fim da Era Vargas (1945)
A contradição da guerra acelerou o fim do Estado Novo.A pressão por redemocratização tornou-se irresistível. Em 1945, Vargas foi forçado a marcar eleições para presidente. Temendo que Vargas tentasse se perpetuar no poder através de um novo golpe ("queremismo"), os militares, liderados pelos generais Góes Monteiro e Eurico Dutra, depuseram Vargas em 29 de outubro de 1945, encerrando assim seu primeiro período no poder.

Legado
A Era Vargas deixou um legado ambíguo e duradouro.Por um lado, modernizou o país, criou as bases da indústria nacional e instituiu direitos sociais fundamentais. Por outro, consolidou uma tradição de autoritarismo, centralização e intervencionismo estatal. Getúlio Vargas, uma figura complexa e controversa, continua sendo um dos personagens mais fundamentais para se compreender o Brasil do século XX.

ATIVIDADE PONTUADA (1,5)

Claro! Aqui está um exercício com 16 questões baseado no texto sobre a Era Vargas, seguindo a estrutura solicitada.

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Exercício: A Era Vargas

Instruções:

· Questões 01 a 08: Responda de forma discursiva, utilizando as informações do texto.
· Questões 09 a 16: Marque a alternativa correta.

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Parte 1: Questões Discursivas

01. O que foi a Era Vargas e quais são suas principais características gerais?
02.Quem foi Getúlio Vargas e quais as duas facetas de sua imagem pública?
03.Explique o contexto histórico que permitiu a chegada de Getúlio Vargas ao poder em 1930.
04.Quais são as três fases em que se divide a Era Vargas no período de 1930 a 1945?
05.O que foi o trabalhismo e como ele contribuiu para a construção da imagem de Vargas como "Pai dos Pobres"?
06.Qual o significado histórico do evento realizado no Estádio de São Januário no dia 1º de maio de 1940?
07.Quem foram os principais grupos de oposição a Vargas e por quais motivos se opunham a ele?
08.O que foi o Plano Cohen e qual a sua relação com a implantação do Estado Novo?

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Parte 2: Questões de Múltipla Escolha

09. A Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, foi motivada principalmente:
a)Pela vitória eleitoral de Vargas e sua posse imediata na presidência.
b)Pela crise do sistema oligárquico, agravada pela Crise de 1929, e pela ruptura do pacto do café com leite.
c)Pelo apoio integral das oligarquias paulistas ao candidato derrotado.
d)Pelo sucesso do modelo agroexportador, que exigia um governo centralizador.

10. A Constituição promulgada durante o Governo Constitucional de Vargas (1934-1937) tinha como uma de suas principais características:
a)A outorga pelo presidente, sem a participação de uma assembleia constituinte.
b)O estabelecimento de um estado de exceção permanente e a supressão de todos os direitos individuais.
c)A eleição indireta de Vargas para presidente pela Assembleia Constituinte.
d)A inspiração explícita no modelo fascista italiano.

11. A política econômica da Era Vargas foi marcada pelo(a):
a)Liberalismo econômico e desregulamentação total do mercado.
b)Fortalecimento do setor agroexportador como única prioridade nacional.
c)Nacionalismo econômico, intervencionismo estatal e industrialização por substituição de importações.
d)Abertura completa do mercado para empresas multinacionais.

12. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), durante o Estado Novo, tinha como função principal:
a)Defender a liberdade de imprensa e a pluralidade de opiniões.
b)Promover a cultura nacionalista e exercer a censura aos meios de comunicação.
c)Organizar sindicatos livres e independentes do controle estatal.
d)Gerenciar exclusivamente as campanhas publicitárias das estatais.

13. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, sintetizou uma série de direitos. Assinale a alternativa que NÃO representa um direito garantido pela CLT no período:
a)Jornada de trabalho de 8 horas.
b)Seguro-desemprego.
c)Salário Mínimo.
d)Férias remuneradas.

14. A Revolução Constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, teve como principal motivação:
a)Apoiar a continuidade do Governo Provisório de Vargas indefinidamente.
b)Exigir a promulgação de uma constituição e o fim do governo provisório.
c)Implementar um regime de inspiração comunista no Brasil.
d)Separar o estado de São Paulo do restante do país.

15. Uma das grandes contradições do governo Vargas durante o Estado Novo foi:
a)Combater o fascismo na Segunda Guerra Mundial enquanto mantinha um regime autoritário no Brasil.
b)Apoiar economicamente os países do Eixo enquanto declarava guerra a eles.
c)Promover eleições diretas para presidente enquanto fechava o Congresso.
d)Defender o liberalismo econômico enquanto criava diversas empresas estatais.

16. O fim do Estado Novo e a deposição de Vargas em 1945 foram resultado, principalmente:
a)De uma nova revolução liderada pelas oligarquias paulistas.
b)Da vitória do Brasil na Segunda Guerra e da pressão por redemocratização.
c)De um impeachment realizado pelo Congresso Nacional.
d)Da renúncia voluntária de Vargas para se candidatar novamente.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

EJA 03 AULA 08 - Primeiro Reinado PARTE 01- Início, Autoritarismo e conflitos

Primeiro Reinado (1822 - 1831) AULA 01 - INÍCIO DO REINADO, CONSTITUIÇÃO, AUTORITARISMO E CONFLITOS 2025  - EJA 03



Aula 01 Primeiro Reinado (1822 - 1831)  NEJA 03

Primeiro Reinado - INÍCIO, AUTORITARISMO E CONFLITOS 

O Primeiro Reinado Brasileiro (1822-1831): A Construção Turbulenta de uma Nação


O Primeiro Reinado é o período da história do Brasil que se estende da Proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, até a abdicação de Dom Pedro I, em 7 de abril de 1831. Foi uma fase de formação do Estado nacional, marcada por intensos conflitos políticos, crises econômicas e a difícil tarefa de unir um território vasto e diverso sob um único governo.


O que é um Reinado?

Um reinado é um período de governo em que o chefe de Estado é um monarca, um rei ou uma imperatriz, cujo poder é geralmente hereditário. No sistema monárquico, o soberano exerce a função máxima do Poder Executivo, e seu governo dura até sua morte ou abdicação.

O que foi o Primeiro Reinado no Brasil?

Foi o governo de Dom Pedro I como imperador do Brasil, logo após a separação política de Portugal. Este período representou a transição de uma colônia para uma nação independente, mas manteve a estrutura monárquica e a figura do imperador como peça central do poder. O grande desafio era consolidar a independência, criar instituições nacionais e evitar a fragmentação do território.

Características do Reinado de Dom Pedro I

O governo de D. Pedro I foi marcado por traços contraditórios e conflituosos:

· Autoritarismo: D. Pedro I concentrou grande poder em suas mãos, agindo de forma impetuosa e, muitas vezes, contrariando os desejos das elites políticas brasileiras.

· Centralização Política: O poder era exercido a partir do Rio de Janeiro, com o imperador nomeando os presidentes das províncias, subordinando-as ao governo central.

· Crise Econômica: A independência gerou enormes dívidas, tanto com a guerra contra Portugal quanto com o reconhecimento internacional, principalmente pela Inglaterra. A economia ainda era dependente da agricultura de exportação (como o café) e do trabalho escravista.

· Instabilidade Política: O imperador constantemente se chocava com os representantes da elite brasileira, que desejavam mais autonomia e influência nas decisões do país.

A Assembleia Constituinte e a "Constituição da Mandioca"

Em 1823, foi convocada uma Assembleia Constituinte com o objetivo de elaborar a primeira Constituição do Brasil independente. Os deputados, em sua maioria representantes das elites agrárias, começaram a redigir um projeto que ficou conhecido, de forma pejorativa, como "Constituição da Mandiocada".

O apelido surgiu porque o projeto estabelecia que para ser eleitor ou deputado, o cidadão deveria ter uma renda mínima anual calculada pela produção de alqueires de mandioca. Na prática, isso garantia que o poder político permanecesse nas mãos dos grandes proprietários de terra.

Por que a Assembleia de 1823 foi dissolvida?

Dom Pedro I ficou profundamente descontente com o projeto da Constituinte. Ele via no texto uma tentativa de limitar excessivamente seus poderes, transformando-o em uma figura meramente decorativa, semelhante a um "rei de baralho" (como ele mesmo disse). Em novembro de 1823, em um ato de força, o imperador ordenou que tropas do Exército cercassem o prédio da Assembleia e a dissolveram violentamente, prendendo e exilando vários deputados, entre eles os irmãos Andrada (José Bonifácio e Martim Francisco).

A Constituição de 1824

Após fechar a Assembleia, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado para elaborar uma nova Constituição, que foi outorgada (imposta) em 25 de março de 1824. Esta se tornou a primeira Constituição brasileira.

Características da Constituição de 1824

· Poder Moderador: A principal e mais polêmica característica. Era um quarto poder, exclusivo do imperador, que lhe permitia intervir nos outros três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Com ele, D. Pedro I podia, por exemplo, dissolver a Câmara dos Deputados, nomear senadores e vetar decisões judiciais. Era a legalização do seu autoritarismo.

· Voto Censitário: O direito ao voto era limitado por renda, excluindo a grande maioria da população, incluindo mulheres, escravizados e homens livres pobres.

· Estado Confessional: O Catolicismo era a religião oficial do Império. Outras religiões eram permitidas, mas apenas para culto doméstico, sem templos.

· Governo Centralizado: Fortaleceu o poder do imperador sobre as províncias.

Principais Grupos Políticos do Primeiro Reinado

· Partido Português (ou dos "Caramurus"): Formado por comerciantes e funcionários públicos portugueses residentes no Brasil, defendiam a centralização do poder na figura de D. Pedro I e a manutenção de fortes laços com Portugal.

· Partido Brasileiro: Dividia-se em duas facções:

  · Moderados: Defendiam uma monarquia, mas com mais autonomia para as províncias e limites ao Poder Moderador.

  · Exaltados (ou "Farroupilhas"): Eram mais radicais, pregavam a descentralização total, a federação e, em alguns casos, até a proclamação de uma república.

O Autoritarismo de Dom Pedro I e a Insatisfação das Elites

O fechamento da Assembleia Constituinte, a imposição da Constituição de 1824 e o uso constante do Poder Moderador geraram um profundo descontentamento entre as elites brasileiras. Elas se sentiam excluídas do processo decisório e viam no imperador um governante mais português do que brasileiro, que privilegiava seus compatriotas em cargos públicos e no Exército.

Revoltas Internas e Externas

O descontentamento se traduziu em uma série de revoltas que abalaram o Primeiro Reinado:

· Confederação do Equador (1824): A mais significativa revolta interna. Eclodiu em Pernambuco e se espalhou por outras províncias do Nordeste. Era um movimento de caráter republicano e separatista, que pregava a formação de um estado independente no Nordeste, livre do autoritarismo de D. Pedro I. A repressão foi brutal, com a execução de seus principais líderes, como o frei Caneca.

· Guerra da Cisplatina (1825-1828): Um conflito externo contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina) pelo controle da Província Cisplatina (atual Uruguai). A guerra foi um desastre para o Brasil: economicamente custosa, mal administrada e terminou com a independência do Uruguai, mediada pela Inglaterra. O Brasil perdeu um território estratégico, abalando ainda mais a imagem do imperador.

Por que Dom Pedro I perdeu a popularidade e seu Reinado entrou em crise?

A crise que levou à abdicação de D. Pedro I foi resultado de uma combinação de fatores:

1. Autoritarismo e Desrespeito às Elites: A constante intervenção nos assuntos políticos através do Poder Moderador afastou os mesmos grupos que o apoiaram na Independência.

2. Crise Econômica: A dívida pública crescente e os custos da Guerra da Cisplatina levaram o país à bancarrota, causando insatisfação geral.

3. Derrota na Cisplatina: A perda do território foi vista como uma humilhação nacional e uma demonstração de incompetência militar e diplomática do governo.

4. Questão Portuguesa: Com a morte de D. João VI, em 1826, D. Pedro I herdou o trono de Portugal, tornando-se Dom Pedro IV. Embora tenha abdicado para a filha, D. Maria da Glória, sua ligação com Portugal levantou suspeitas de que ele priorizava os interesses lusitanos, especialmente quando seu irmão, D. Miguel, usurpou o trono português. As elites temiam que o imperador usasse recursos brasileiros para resolver a questão em Portugal.

5. Assassinato de Líbero Badaró (1830): O assassinato do jornalista oposicionista, atribuído a partidários do governo, chocou a opinião pública.

6. A Noite das Garrafadas (1831): Uma série de conflitos de rua no Rio de Janeiro entre brasileiros (que criticavam o imperador) e portugueses (que o defendiam) mostrou o clima de tensão insustentável.

A gota d'água foi quando D. Pedro I demitiu um ministério que contava com apoio popular e nomeou o "Ministério dos Marqueses", composto quase que exclusivamente por nobres portugueses. A reação foi imediata. Pressioando por militares, políticos e por uma grande mobilização popular, D. Pedro I viu-se sem apoio e foi forçado a abdicar do trono brasileiro em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho de cinco anos, Pedro de Alcântara. Assim, terminava o conturbado Primeiro Reinado e iniciava-se o Período Regencial.

Foto do quadro AULA 01 PRIMEIRO REINADO 

ATIVIDADE PONTUADA (+1,5)



Exercício: O Primeiro Reinado Brasileiro (1822-1831)

Instruções:

· Leia atentamente as questões.
· As questões de 01 a 08 são discursivas e exigem respostas completas.
· As questões de 09 a 16 são de múltipla escolha; selecione a alternativa correta.

PARTE 1: QUESTÕES DISCURSIVAS

01. Defina, com suas próprias palavras, o que foi o Primeiro Reinado no contexto da história do Brasil.

02. Quais eram as principais características políticas do governo de Dom Pedro I durante o Primeiro Reinado?

03. O que foi a Assembleia Constituinte de 1823 e por que o projeto de constituição elaborado por ela ficou conhecido como "Constituição da Mandioca"?

04. Explique o principal motivo que levou Dom Pedro I a dissolver a Assembleia Constituinte de 1823.

05. A Constituição outorgada em 1824 é considerada um marco do autoritarismo de D. Pedro I. Qual era a principal característica dessa Constituição que legitimava esse poder absoluto do imperador? Explique seu funcionamento.

06. Identifique e descreva brevemente os dois principais grupos políticos que atuavam durante o Primeiro Reinado.

07. A Confederação do Equador (1824) foi uma das principais revoltas do período. Qual era o seu objetivo político e qual foi o desfecho desse movimento?

08. A Guerra da Cisplatina (1825-1828) foi um evento crucial para a crise do Primeiro Reinado. Por que esse conflito foi considerado um desastre para o governo de Dom Pedro I?

PARTE 2: QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA

09. O Primeiro Reinado brasileiro compreende o período entre:
a)1808 e 1821, com a vinda da Família Real.
b)1822 e 1831, da Independência à abdicação de D. Pedro I.
c)1831 e 1840, durante o Período Regencial.
d)1840 e 1889, com o governo de D. Pedro II.

10. A dissolução da Assembleia Constituinte de 1823 por Dom Pedro I demonstrou:
a)Seu compromisso com a democracia e a vontade popular.
b)Seu autoritarismo e a intenção de controlar o processo político.
c)A influência decisiva do Partido Brasileiro no governo.
d)A vitória dos projetos republicanos e federalistas.

11. A característica mais marcante e centralizadora da Constituição de 1824 era o(a):
a)Voto universal e direto para todos os cidadãos.
b)Separação total entre Estado e Igreja.
c)Poder Moderador, exercido pelo imperador.
d)Sistema federativo que dava autonomia às províncias.

12. O grupo político do Primeiro Reinado formado principalmente por portugueses, que defendia a centralização do poder na figura de D. Pedro I, era o:
a)Partido Republicano.
b)Partido Brasileiro (Exaltados).
c)Partido Liberal.
d)Partido Português (Caramurus).

13. A Confederação do Equador (1824) foi um movimento que:
a)Apoiou a centralização política e a Constituição de 1824.
b)Defendeu o retorno do Brasil à condição de colônia de Portugal.
c)Pregou o republicanismo e a separação do Nordeste do Império.
d)Lutou pela abolição imediata da escravidão em todo o país.

14. Qual foi o resultado da Guerra da Cisplatina para o Brasil?
a)A anexação de novos territórios ao sul.
b)A vitória decisiva sobre as Províncias Unidas do Rio da Prata.
c)A perda do território, que se tornou o independente Uruguai.
d)A consolidação da hegemonia brasileira na região do Prata.

15. Um dos fatores que contribuiu para a crise final e a abdicação de D. Pedro I em 1831 foi:
a)O sucesso econômico e a popularidade do "Ministério dos Marqueses".
b)A forte aproximação política do imperador com as elites brasileiras.
c)A suspeita de que o imperador priorizava os interesses de Portugal.
d)A vitória brasileira na Guerra da Cisplatina, que esgotou os cofres públicos.

16. O episódio conhecido como "Noite das Garrafadas" (1831) representou:
a)A celebração da coroação de D. Pedro II.
b)O conflito de rua entre apoiadores brasileiros e portugueses do imperador.
c)A reunião que decretou a dissolução da Assembleia Constituinte.
d)A assinatura do tratado que encerrou a Guerra da Cisplatina.

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domingo, 19 de outubro de 2025

Guerra Fria PARTE 01- O Mundo polarizado entre EUA (capitalismo) x URSS (comunismo) Aula 2025

Guerra Fria - Aula 2025



A Guerra Fria: O Mundo Dividido por uma Cortina de Ferro


A Guerra Fria foi um período de intensa rivalidade geopolítica, ideológica e militar que moldou o mundo na segunda metade do século XX. Mais do que um conflito armado direto, foi uma "guerra fria" de ameaças, espionagem, propaganda e corridas tecnológicas.


1. Início da Guerra Fria (1945-1947)

Não há uma data única, mas o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e 1947 é considerado o marco inicial. A aliança entre os EUA e a URSS contra a Alemanha Nazista desfez-se rapidamente com o fim do inimigo comum.


Fatos históricos marcantes do início:

· 1945 (Fevereiro): Conferência de Yalta: Líderes dos EUA (Roosevelt), URSS (Stálin) e Reino Unido (Churchill) reúnem-se para decidir o destino da Europa pós-guerra, mas as discordâncias sobre a influência soviética na Europa Oriental já eram evidentes.
· 1945 (Julho): Conferência de Potsdam: A tensão aumenta com o novo presidente americano, Harry Truman, que adota uma postura mais dura contra Stálin.
· 1946: Discurso da "Cortina de Ferro": O ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill declara que uma "cortina de ferro" desceu sobre a Europa, dividindo o continente entre o Ocidente capitalista e o Oriente comunista.
· 1947: Doutrina Truman e Plano Marshall: Os EUA lançam a Doutrina Truman, uma política de "contenção" ao comunismo, e o Plano Marshall, um maciço programa de ajuda econômica para reconstruir a Europa Ocidental e evitar a influência soviética.
· 1947: Criação do Cominform: A URSS responde criando o Cominform, uma organização para coordenar os partidos comunistas europeus sob sua liderança.

2. Fim da Guerra Fria (1989-1991)

O fim foi um processo, mas dois eventos são centrais:

· 9 de Novembro de 1989: Queda do Muro de Berlim: Este é o símbolo mais potente do colapso do bloco soviético. Representou o fim da divisão física e ideológica da Europa.
· 26 de Dezembro de 1991: Dissolução Oficial da URSS: Mikhail Gorbachev, com suas reformas da Perestroika (reestruturação econômica) e Glasnost (transparência política), não conseguiu salvar a União Soviética, que foi oficialmente dissolvida, pondo fim à Guerra Fria.


3. Definição de Guerra Fria

A Guerra Fria foi um conflito indireto entre os Estados Unidos (e seus aliados, bloco capitalista) e a União Soviética (e seus aliados, bloco comunista) que se estendeu de meados dos anos 1940 até o início dos anos 1990. Foi uma disputa global pela hegemonia política, econômica e militar, sem um confronto armado direto e em larga escala entre as duas superpotências (o que provavelmente levaria a uma guerra nuclear).


4. Características da Guerra Fria

· Conflito Indireto: Guerras por procuração, onde EUA e URSS apoiavam lados opostos em conflitos regionais (Coreia, Vietnã, Afeganistão).
· Corrida Armamentista e Nuclear: Acumulação desenfreada de armas, especialmente nucleares, baseada na Doutrina da Destruição Mútua Assegurada (MAD).
· Corrida Espacial: Competição por prestígio e superioridade tecnológica através de conquistas no espaço.
· Divisão do Mundo em Blocos: Mundo Bipolar.
· Propaganda e Espionagem: Uso intenso da mídia para difamar o adversário e ações de agências de espionagem como a CIA (EUA) e a KGB (URSS).
· Paz Armada: Um estado de tensão permanente, com ambos os lados preparados para a guerra, que nunca eclodiu diretamente.


5. Definição de Mundo Bipolar

O mundo bipolar foi a estrutura geopolítica durante a Guerra Fria, caracterizada pela divisão do poder global em dois polos principais e antagônicos, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética. As demais nações eram, em grande medida, forçadas a se alinhar a um dos dois blocos, perdendo autonomia em sua política externa.

6. Capitalismo vs. Comunismo: Definições e Características

Capitalismo:

· Definição: Sistema econômico e social baseado na propriedade privada dos meios de produção (fábricas, terras, empresas), na livre iniciativa e na busca pelo lucro.

· Características:
  · Economia de mercado (a lei da oferta e da procura determina preços e produção).
  · Liberdade individual e consumo.
  · Concorrência entre empresas.
  · Lucro como principal motivação.

Comunismo (na prática soviética):

· Definição: Sistema político-econômico que visa uma sociedade sem classes, onde os meios de produção são propriedade coletiva (controlados pelo Estado). Na prática, a URSS implementou uma versão autoritária deste ideal.

· Características:
  · Economia planificada (o Estado decide o que, quanto e como produzir).
  · Propriedade estatal dos meios de produção.
  · Partido único (Partido Comunista).
  · Supressão das liberdades individuais em prol do "bem coletivo".

7. Diferenças e Semelhanças entre Comunismo, Socialismo e Estado de Bem-Estar Social

· Comunismo: Objetivo final é uma sociedade sem Estado e sem classes. Na prática soviética, era um sistema revolucionário e autoritário, com controle total do Estado sobre a economia e a sociedade.

· Socialismo: Muitas vezes visto como uma etapa de transição para o comunismo. Envolve a socialização dos meios de produção, mas pode existir em formas democráticas (ex.: Social-Democracia).

· Estado de Bem-Estar Social (Welfare State): Não é socialismo. É uma característica do capitalismo em que o Estado intervém na economia para promover justiça social, oferecendo serviços públicos universais (saúde, educação, previdência) e regulando o mercado. É a base de países como Suécia e Dinamarca, que são economias capitalistas com forte proteção social.

Semelhança: Todos os três visam, em teoria, reduzir as desigualdades sociais.
Diferença Principal:O Estado de Bem-Estar Social opera dentro de uma estrutura capitalista, enquanto o comunismo e o socialismo soviético buscavam substituir o capitalismo.

8. Relações entre EUA e URSS

As relações foram sempre de desconfiança, antagonismo e competição. Passaram por momentos de extrema tensão (como a Crise dos Mísseis em Cuba) e por breves períodos de "degelo" (como durante a Détente nos anos 1970), mas a rivalidade ideológica e estratégica foi a constante.

9. Fatos Históricos que Marcaram a Guerra Fria

· Bloqueio de Berlim e Ponte Aérea (1948-49)
· Guerra da Coreia (1950-53)
· Crise dos Mísseis em Cuba (1962) - o momento mais próximo de uma guerra nuclear.
· Guerra do Vietnã (1955-75)
· Corrida Espacial (Sputnik 1957, homem na Lua 1969)
· Invasão soviética do Afeganistão (1979-89)
· Queda do Muro de Berlim (1989)

10. Contribuições da Guerra Fria

A competição forçou avanços tecnológicos sem precedentes:

· Corrida Espacial: Satélites, GPS, previsão do tempo, painéis solares, alimentos liofilizados.
· Tecnologia: Internet (origem na ARPANET, uma rede militar americana), microchips, computadores.
· Medicina: Avanços em diagnóstico por imagem e telemedicina, derivados da tecnologia espacial.
· Esportes: A rivalidade se transferiu para as Olimpíadas, onde EUA e URSS competiam pelo quadro de medalhas, levando a novos recordes e métodos de treinamento.

11. Países Não-Alinhados

Eram nações que, durante a Guerra Fria, recusaram-se a alinhar-se formalmente com qualquer um dos dois blocos. Buscavam manter sua autonomia e promover a cooperação entre nações em desenvolvimento.

Exemplos: Índia (de Jawaharlal Nehru), Iugoslávia (de Josip Broz Tito), Egito (de Gamal Abdel Nasser), Indonésia e Gana.

12. A Influência da Guerra Fria no Brasil e na América Latina

A região foi um palco importante da Guerra Fria, vista pelos EUA como seu "quintal estratégico".

· Golpe de 1964 no Brasil: Os EUA apoiaram o golpe militar que derrubou João Goulart, temendo uma "virada" esquerdista e uma "nova Cuba" no continente.
· Regimes Militares: A Doutrina de Segurança Nacional, apoiada pelos EUA, justificou a instalação de ditaduras militares anticomunistas em vários países (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai).
· Revolução Cubana (1959): A vitória de Fidel Castro e a aliança subsequente com a URSS transformaram Cuba no primeiro Estado comunista das Américas, aprofundando a intervenção dos EUA na região.

13. A Influência da Guerra Fria Hoje

O legado da Guerra Fria ainda é profundamente sentido:

· Tensões EUA x Rússia: A desconfiança mútua permanece, visível em crises como a anexação da Crimeia (2014) e a invasão da Ucrânia (2022).
· Armas Nucleares: O arsenal nuclear mundial é um resquício direto da corrida armamentista.
· Coreia Dividida: A península coreana permanece dividida entre a Coreia do Sul (capitalista) e a Coreia do Norte (comunista).
· Cuba: Continua sob um regime comunista e sob embargo norte-americano.
· Espionagem e Guerra Cibernética: As práticas de espionagem evoluíram para o campo digital.
· Narrativas Políticas: Termos como "fake news" e a desconfiança em instituições midiáticas têm ecos na guerra de propaganda da era Cold War.

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Em resumo, a Guerra Fria foi muito mais do que um simples conflito; foi uma era que redefiniu as relações internacionais, acelerou o progresso tecnológico e deixou marcas geopolíticas que continuam a influenciar o mundo do século XXI.


ATIVIDADE PONTUADA (+1,0 )


Exercício: A Guerra Fria

Parte 1: Questões Discursivas

Instruções: Responda às questões abaixo com base no texto fornecido, utilizando suas próprias palavras e demonstrando compreensão do tema.

1. Qual foi o principal fator que levou ao fim da aliança entre EUA e URSS após a Segunda Guerra Mundial?

2.Explique por que a Guerra Fria é caracterizada como um "conflito indireto".

3.Descreva o que foi o "Mundo Bipolar" no contexto da Guerra Fria.

4.Quais são as duas características fundamentais de uma economia capitalista?

5.Diferencie o conceito de Estado de Bem-Estar Social do comunismo praticado pela URSS.

6.Além da Corrida Espacial, cite e explique UMA outra contribuição tecnológica ou científica que surgiu como consequência da rivalidade da Guerra Fria.

7.O que eram os Países Não-Alinhados? Dê um exemplo.

8.De que forma a Doutrina de Segurança Nacional, apoiada pelos EUA, influenciou a política na América Latina durante a Guerra Fria?

Parte 2: Questões de Múltipla Escolha

Instruções: Leia cada questão com atenção e selecione a alternativa correta.

9. O período entre 1945 e 1947 é apontado como o início da Guerra Fria. Qual dos eventos abaixo NÃO está corretamente associado a esse início?

a)A Conferência de Potsdam.
b)A implantação do Plano Marshall.
c)A queda do Muro de Berlim.
d)O discurso da "Cortina de Ferro" de Winston Churchill.

10. O fim simbólico da Guerra Fria é frequentemente atribuído a um evento específico. Qual foi ele?

a)A dissolução da Iugoslávia.
b)A Queda do Muro de Berlim.
c)A Crise dos Mísseis em Cuba.
d)O fim da Guerra do Vietnã.

11. Uma das principais características da Guerra Fria foi a "Corrida Armamentista". Qual conceito garantia que um ataque nuclear de uma superpotência seria respondido com a aniquilação total do agressor, evitando assim o conflito direto?

a)Doutrina Truman.
b)Política de Apaziguamento.
c)Destruição Mútua Assegurada (MAD).
d)Glasnost.

12. Sobre as características do comunismo na prática soviética, é CORRETO afirmar:

a)A economia era baseada na lei da oferta e da procura.
b)Havia liberdade de imprensa e multipartidarismo.
c)Os meios de produção eram de propriedade privada.
d)A economia era planificada e controlada pelo Estado.

13. Qual foi o principal objetivo do Plano Marshall, lançado pelos Estados Unidos em 1947?

a)Punir os países derrotados na Segunda Guerra Mundial.
b)Reconstruir economicamente a Europa Ocidental e conter o avanço comunista.
c)Estabelecer uma aliança militar direta com a União Soviética.
d)Financiar exclusivamente o desenvolvimento de armas nucleares.

14. Durante a Guerra Fria, o Brasil e outros países da América Latina foram profundamente influenciados pela rivalidade entre EUA e URSS. Qual evento histórico no Brasil está diretamente ligado a esse contexto?

a)A Proclamação da República.
b)O Golpe Militar de 1964.
c)A Independência do Brasil.
d)A Revolução de 1930.

15. Qual das seguintes alternativas apresenta um legado direto da Guerra Fria no mundo atual?

a)A existência de um grande arsenal nuclear mundial.
b)O fim de todos os conflitos no Oriente Médio.
c)A unificação política e econômica de toda a Europa.
d)A ausência de qualquer tensão entre Rússia e Estados Unidos.

16. Os Países Não-Alinhados buscavam:

a)Criar um terceiro bloco militarmente poderoso para rivalizar com EUA e URSS.
b)Alinhar-se incondicionalmente à política externa norte-americana.
c)Manter sua autonomia e não se alinhar formalmente a nenhum dos dois blocos.
d)Promover a expansão global do modelo socialista soviético.

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sábado, 18 de outubro de 2025

Os Francos e o Império Carolíngio Aula 2025

Os Francos e o Império Carolíngio

Os Francos e o Império Carolíngio: Das Tribos à Construção de um Império

Introdução: Estudando o Passado para Entender o Presente

Olá, turma! Hoje vamos mergulhar na história de um povo que foi fundamental para a formação da Europa Medieval e, consequentemente, para o mundo ocidental como o conhecemos: os Francos. Estudar os Francos não é apenas memorizar nomes e datas de reis; é entender como um conjunto de tribos germânicas conseguiu unificar-se, criar um império e deixar um legado que ecoa até hoje, especialmente na história da França e da Alemanha. Vamos ver como, a partir da queda de Roma, um novo mundo começou a se construir.

1. Quem Eram os Francos? Origem e Geografia


A palavra "Franco" significa "livre" ou "ousado". Eles eram um conjunto de povos germânicos que, a partir do século III d.C., começaram a pressionar as fronteiras do Império Romano do Norte, na região do baixo Reno.

· Geografia e Localização: Inicialmente, habitavam as áreas que hoje correspondem à Bélgica e ao oeste da Alemanha. Com o tempo, seu reino se expandiu para abranger quase toda a França atual, partes da Alemanha, Itália e outros territórios centrais da Europa.

· Dois Grupos Principais: Os Francos não eram um grupo homogêneo. Destacavam-se duas confederações principais:

  · Francos Sálios: Viviam a oeste, perto do rio Reno ("Sal" vem de "Ijs-sal", rio Issel). Foram os primeiros a se estabelecerem de forma permanente dentro do território romano, na Gália.
  · Francos Ripuários: Viviam mais a leste, às margens ("ripa") do rio Reno.

· Organização Política e Relação com Roma: Inicialmente, eram organizados em tribos independentes, chefiadas por guerreiros. Sua relação com Roma era ambígua: às vezes eram inimigos e invasores, outras vezes eram foederati (aliados federados), recrutados para servir no exército romano e defender a fronteira em troca de terras e dinheiro.

2. O Surgimento do Reino Franco: Clóvis e a Dinastia Merovíngia

A unificação dos Francos aconteceu sob a liderança de Clóvis I (c. 466-511), um rei do povo sálio.

· Dinastia Merovíngia: Clóvis foi o fundador da primeira dinastia real franca, os Merovíngios, nome derivado de seu avô, Meroveu.

· Conversão ao Cristianismo: Um dos atos mais decisivos de Clóvis foi sua conversão ao Cristianismo Católico (e não ao Arianismo, como outros povos germânicos). Influenciado por sua esposa, Clotilde, uma princesa burgúndia e católica devota, Clóvis converteu-se após uma batalha crucial, por volta de 496.

· Política e Igreja: Essa conversão foi um golpe de mestre político. Ao adotar a fé da maioria da população galo-romana, Clóvis ganhou o apoio crucial da Igreja Católica, a instituição mais organizada da época. Isso lhe conferiu legitimidade e facilitou a assimilação entre os conquistadores francos e os nativos galo-romanos.

· Incorporação de Tradições Germânicas: Apesar da conversão, Clóvis manteve muitos costumes germânicos, como a Lei Sálica, um código de leis baseado no costume oral, e a prática de dividir o reino entre seus filhos, o que se mostraria um ponto fraco no futuro.

· Legado de Clóvis I: Ao morrer, Clóvis havia unificado quase todos os Francos e conquistado a maior parte da Gália, criando o reino mais poderoso e estável do Ocidente pós-romano.

3. Os "Reis Indolentes" e a Ascensão do Prefeito do Palácio

Após Clóvis, o reino foi constantemente dividido entre seus herdeiros, o que gerou guerras civis e enfraqueceu a autoridade real. Os reis merovíngios subsequentes ficaram conhecidos como "reis indolentes" (reis que nada fazem), muitas vezes figuras cerimoniais que delegavam o poder real a um cargo administrativo crucial: o Prefeito do Palácio (Major Domus).

O Prefeito do Palácio era como um "primeiro-ministro" da época. Ele comandava o exército, administrava os tesouros reais e praticamente governava o reino. A família que controlou esse cargo por gerações foi a família Carolíngia (os "Carlos"), que acabaria por substituir os Merovíngios.

4. A Ascensão dos Carolíngios: Martel, Pepino e a Nova Dinastia

· Carlos Martel (O Martelo): O Prefeito do Palácio mais famoso. Em 732, ele liderou o exército franco na Batalha de Poitiers (ou Batalha de Tours), derrotando um exército muçulmano que avançava a partir da Península Ibérica. Essa vitória é vista como um marco que deteve a expansão islâmica na Europa Ocidental, consolidando o poder e o prestígio dos Carolíngios.

· Pepino, o Breve: Filho de Carlos Martel, Pepino questionou: "Quem deve ser rei: aquele que tem o título ou aquele que exerce o poder?". Com o apoio do Papa, que precisava de proteção contra os lombardos, Pepino depôs o último rei merovíngio, Childerico III, e foi coroado rei em 751, fundando oficialmente a Dinastia Carolíngia. Em troca do apoio papal, Pepino doou terras ao Papa, criando os Estados Pontifícios, um ato conhecido como "Doação de Pepino".

5. O Ápice: Carlos Magno e o Império Carolíngio

O filho de Pepino, Carlos Magno (768-814), levou o reino franco ao seu auge, criando um império que rivalizava com o antigo Império Romano do Ocidente.

· Principais Feitos e Realizações:

  1. Expansão Territorial: Conquistou a Saxônia, o Reino Lombardo na Itália, e expandiu as fronteiras para o leste, criando um vasto império.
 
 2. Ressurreição do Título Imperial: No Natal do ano 800, o Papa Leão III coroou Carlos Magno como "Imperador dos Romanos" em Roma. Esse ato simbolizava a fusão de três heranças: a germânica (os Francos), a romana (o título) e a cristã (a Igreja).

  3. Renascimento Carolíngio: Carlos Magno patrocinou um grande esforço cultural para reviver o conhecimento clássico. Ele atraiu sábios de toda a Europa para sua corte (como Alcuíno de York), promoveu a cópia de manuscritos antigos (criando a escrita minúscula carolíngia, base de nossas letras atuais), e fundou escolas em mosteiros e catedrais.

6. Declínio e Fim: O Tratado de Verdum

O império de Carlos Magno era mantido unido principalmente por sua forte personalidade. Após sua morte em 814, seu filho, Luís, o Piedoso, não conseguiu conter a desintegração. Em 843, seus três netos assinaram o Tratado de Verdum, que dividiu o império em três partes:

1. França Ocidental: Para Carlos, o Calvo (origem da França).

2. França Oriental: Para Luís, o Germânico (origem da Alemanha).

3. Lotaríngia: Uma faixa central para Lotário, que incluía a Itália (e se fragmentaria depois).

Essa divisão é considerada o embrião das nações europeias modernas da França e da Alemanha.

7. Legado para a Europa Medieval e o Mundo Contemporâneo

O Império Carolíngio foi uma ponte entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média. Seu legado é profundo:

· Geopolítico: A divisão do Tratado de Verdum desenhou o mapa político da Europa Ocidental.
· Cultural: O Renascimento Carolíngio preservou textos clássicos que, de outra forma, poderiam ter sido perdidos, e criou uma base para a educação e a escrita.
· Religioso e Social: A aliança entre o poder político (o Imperador) e o religioso (o Papa) tornou-se uma característica central da Idade Média (o Cesarpapismo). O sistema de governo através de condes e vassalos foi um precursor do feudalismo.

Conclusão

Portanto, ao estudarmos os Francos, não estamos apenas olhando para um povo do passado. Estamos vendo a gênese de nações, a formação de uma identidade europeia cristã e a preservação do conhecimento que permitiria, séculos depois, o florescimento do Renascimento. A história dos Francos e do Império Carolíngio nos mostra como o presente é, em grande parte, uma construção feita a partir das escolhas, conquistas e fracassos de nossos antepassados.

ATIVIDADE PONTUADA (+1,5)


Exercício: Os Francos e o Império Carolíngio

Nome: _________________________________________
Data:_________________________________________
Turma:________________________________________

Instruções: Leia atentamente o texto "Os Francos e o Império Carolíngio: Das Tribos à Construção de um Império" e responda às questões a seguir.


PARTE 1: QUESTÕES DISCURSIVAS (Estudo Dirigido)

01. De acordo com o texto, qual é o significado da palavra "Franco" e quais eram os dois grupos principais que formavam esse povo?
R:_________________________________________________________________________________________________

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02 - Levando em consideração a composição geográfica atual da Europa, informe 04 países europeus que possuem ligações com os Francos:

R:_________________________________________________________________________________________________

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03. Explique, com base no texto, qual era a relação dos Francos com o Império Romano antes da unificação de Clóvis.
R:_________________________________________________________________________________________________

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04. Quem foi Clóvis I, o que ele fez de importante para o povo franco e qual foi a importância da sua conversão ao Cristianismo Católico?
R:_________________________________________________________________________________________________

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05. O texto menciona que Clóvis incorporou tradições germânicas. Cite uma delas e explique por que a prática de dividir o reino entre os filhos era um ponto fraco.
R:_________________________________________________________________________________________________

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06. O que foi o periodo dos "Reis Indolentes"? Quem eram os "reis indolentes" e qual era a função do Prefeito do Palácio (Major Domus) durante esse período?
R:_________________________________________________________________________________________________

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07. Quem foi Carlos Martel? Por que a Batalha de Poitiers (732), liderada por Carlos Martel, é considerada um marco histórico?
R:_________________________________________________________________________________________________

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08. Quem foi Pepino, o Breve?  Descreva o ato de Pepino, o Breve, que marcou o início da Dinastia Carolíngia e como foi a sua relação com o Papa.
R:_________________________________________________________________________________________________

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09. Quem foi Carlos Magno? O que foi o "Renascimento Carolíngio" promovido por Carlos Magno?
R:_________________________________________________________________________________________________

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PARTE 2: QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA

10. A Dinastia Merovíngia, fundada por Clóvis I, recebeu esse nome porque:

a)Era o nome da sua capital.
b)Era o nome do deus principal dos Francos.
c)Deriva do nome de seu avô, Meroveu.
d)Era o título dado ao líder militar dos Francos Sálios.

11. A conversão de Clóvis ao Cristianismo Católico foi estrategicamente importante porque:

a)Permitiu que ele conquistasse o Império Bizantino.
b)Garantiu o apoio da Igreja Católica e da população galo-romana.
c)Foi uma condição imposta pelos Romanos para uma aliança.
d)Enfraqueceu imediatamente todos os outros povos germânicos.

11. O cargo de Prefeito do Palácio (Major Domus) tornou-se extremamente poderoso durante o período dos "reis indolentes". Suas funções incluíam:

a)Apenas a cobrança de impostos.
b)A coroação dos novos reis merovíngios.
c)Comandar o exército e administrar o reino.
d)Realizar rituais religiosos em substituição ao Papa.

13. A Batalha de Poitiers (732) foi travada entre os Francos, liderados por Carlos Martel, e qual outro povo?

a)Os Vikings.
b)Os Lombardos.
c)Os Muçulmanos.
d)Os Bizantinos.

14. Pepino, o Breve, justificou sua tomada do trono com a seguinte questão:

a)"O rei deve ser o mais sábio dos homens?"
b)"Quem deve ser rei: aquele que tem o título ou aquele que exerce o poder?"
c)"A vontade de Deus ou a força das armas define um rei?"
d)"Um plebeu pode se tornar rei pela vontade popular?"

15. Um dos feitos mais emblemáticos de Carlos Magno foi:

a)A conquista do Império Otomano.
b)A descoberta do caminho marítimo para as Índias.
c)A coroação como "Imperador dos Romanos" pelo Papa no Natal do ano 800.
d)A construção do Muro de Adriano.

16. O Tratado de Verdum (843) é historicamente significativo porque:

a)Decretou o fim do Império Romano do Oriente.
b)Estabeleceu a paz definitiva com os povos muçulmanos.
c)Dividiu o Império Carolíngio e lançou as bases territoriais da França e da Alemanha.
d)Coroou Carlos Magno como o primeiro Imperador do Sacro Império Romano-Germânico.

17. Qual das alternativas abaixo NÃO é citada como um legado dos Francos e do Império Carolíngio?

a)A preservação de textos clássicos através do Renascimento Carolíngio.
b)A criação da primeira democracia representativa da Europa.
c)A aliança entre o poder político imperial e o religioso (o Papa).
d)O desenho do mapa político da Europa Ocidental com a divisão do Tratado de Verdum.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Segunda Grande Guerra Mundial (1939 - 1945) Aula 2025

Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) Aula 2025 3° Ano.



A Segunda Guerra Mundial: O Conflito que Redesenhou o Mundo


O que foi a Segunda Guerra Mundial?

A Segunda Guerra Mundial(1939-1945) foi o maior e mais mortífero conflito armado da história da humanidade. Envolveu a maioria das nações do mundo, incluindo todas as grandes potências, organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e as Potências do Eixo. Foi uma guerra total, que se estendeu por teatros de guerra na Europa, Norte da África, Ásia e Oceano Pacífico, resultando em aproximadamente 70 a 85 milhões de mortes, incluindo o Holocausto e o uso de bombas atômicas.


As Causas e o Contexto Pré-Guerra

O início da guerra é inextricavelmente ligado ao final da Primeira Guerra Mundial. O Tratado de Versalhes (1919), que encerrou o conflito anterior, foi extremamente duro com a Alemanha, impondo-lhe pesadas indenizações, perdas territoriais e a culpa exclusiva pela guerra. Este "tratado punitivo" criou um caldo de instabilidade econômica e um profundo ressentimento nacional na Alemanha, um terreno fértil para o surgimento de ideologias extremistas.

A Influência do Nazifascismo, Nacionalismo e Expansionismo
A década de 1930 viu a ascensão de regimes totalitários deextrema direita na Europa, notadamente o Fascismo na Itália, sob Benito Mussolini, e o Nazismo na Alemanha, sob Adolf Hitler. Essas ideologias compartilhavam características comuns:

· Nacionalismo Extremado: A crença na superioridade da própria nação sobre todas as outras.

· Militarismo: A glorificação das forças armadas e a crença de que a guerra é um meio legítimo para alcançar objetivos nacionais.

· Expansionismo: A doutrina de que um estado deve expandir seu território, criando um "espaço vital" (Lebensraum, no caso alemão).

· Discurso de Ódio: A identificação de bodes expiatórios para os problemas do país, principalmente judeus, comunistas, ciganos e outros grupos minoritários, que eram retratados como "inimigos internos" que enfraqueciam a nação. Este discurso foi instrumentalizado para unir a população em torno de um objetivo comum de purificação e conquista.


A Paz Armada e o Expansionismo Alemão

O período que antecedeu a guerra é conhecido como"Paz Armada". Enquanto diplomaticamente se pregava a paz, as principais potências, especialmente a Alemanha, rearmavam-se aceleradamente, violando abertamente o Tratado de Versalhes. Hitler, aproveitando-se da relutância das democracias (Inglaterra e França) em provocar um novo conflito, iniciou uma série de expansões agressivas:


· 1938: Anschluss: Anexação da Áustria pela Alemanha.

· 1938: Conferência de Munique: A Inglaterra e a França adotaram uma política de Apolicação, cedendo às demandas de Hitler e permitindo que a Alemanha anexasse os Sudetos (região da Tchecoslováquia). Acreditava-se que isso "apaziguaria" sua ambição.

· 1939: Hitler, sentindo fraqueza, ocupou o restante da Tchecoslováquia, mostrando que suas intenções iam muito além de "reunir o povo alemão".

A Política de Alianças e a Postura das Potências

A Política de Aliança foi implantada como uma forma de garantir segurança mútua e dissuadir agressões. Era uma doutrina de defesa coletiva: um ataque a um membro da aliança seria considerado um ataque a todos.


· Tríplice Entente (Eixo): Formada pela Alemanha Nazista, Itália Fascista e Japão Imperial (com o Pacto Tripartite de 1940).

· Tríplice Aliança: Sucessora da aliança da Primeira Guerra, seu núcleo inicial era formado pela Grã-Bretanha, França e, posteriormente, a União Soviética e os Estados Unidos.

Antes da guerra, a postura da Inglaterra e da França foi marcadamente apaziguadora. A Rússia (URSS), desconfiada das potências capitalistas, buscou seu próprio jogo. Em um choque para o mundo, a Alemanha nazista e a União Soviética stalinista assinaram o Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético (Ribbentrop-Molotov) em agosto de 1939. Este pacto secreto dividia a Europa Oriental em esferas de influência, garantindo a Hitler que não enfrentaria uma guerra em duas frentes ao invadir a Polônia.

O Estopim da Guerra

O estopim definitivo ocorreu em1º de setembro de 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia. Honrando seus acordos de defesa mútua com os poloneses, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha em 3 de setembro. A URSS entrou no conflito ao invadir a Polônia pelo leste, conforme acordado no pacto com Hitler. Os EUA mantiveram-se inicialmente neutros, mas forneciam suporte material aos Aliados através da Lei de Empréstimo e Arrendamento.

As Fases da Guerra

1. Fase de Vitórias do Eixo (1939-1941): Caracterizada pela Blitzkrieg ("guerra-relâmpago") alemã. Após a Polônia, a Alemanha invadiu e conquistou rapidamente Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica e França (1940). A Batalha da Inglaterra foi uma tentativa fracassada de dominar o espaço aéreo britânico. Enquanto isso, no Pacífico, o Japão expandia seu império.

2. A Virada dos aliados (1942-1943): Dois eventos marcaram a mudança do curso da guerra:

   · Frente Oriental: A invasão alemã da URSS (Operação Barbarossa) em 1941 quebrou o pacto de não-agressão. Após avanços iniciais, o exército alemão foi contido na Batalha de Stalingrado (1942-43), uma derrota catastrófica que marcou o início do recuo alemão no Leste Europeu.
 
  · Frente do Pacífico: Após o ataque japonês a Pearl Harbor em dezembro de 1941, os EUA entraram oficialmente na guerra. A Batalha de Midway (1942) foi uma vitória naval decisiva dos EUA, que paralisou a expansão japonesa.

3. Fase Final e Derrota do Eixo (1944-1945): Os Aliados ocidentais abriram a Frente Ocidental com o Dia D (6 de junho de 1944), desembarcando na Normandia. A partir de leste e oeste, as forças aliadas cercaram a Alemanha. Hitler cometeu suicídio em 30 de abril de 1945, e a Alemanha se rendeu incondicionalmente em 8 de maio de 1945 (Dia da Vitória na Europa). A guerra no Pacífico continuou até que os EUA lançaram bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, forçando a rendição do Japão em 2 de setembro de 1945.


Fatores que Bloquearam o Expansionismo Alemão

· A Resistência Soviética: A capacidade industrial e o imenso poder humano da URSS, somados ao rigoroso inverno russo, foram fatores decisivos.

· A Entrada dos EUA: O poderio industrial e militar americano foi absolutamente crucial para os Aliados.

· A Guerra em Duas Frentes: A estratégia alemã de evitar uma guerra em duas frentes falhou completamente após a invasão da URSS e a abertura da Frente Ocidental.

· Inteligência e Resistência: O trabalho de inteligência aliado (como a quebra do código Enigma) e os movimentos de resistência nos países ocupados dificultaram as operações do Eixo.

Principais Consequências

· Perdas Humanas e Destruição: Cerca de 70-85 milhões de mortos, a maioria civis. Cidades inteiras foram arrasadas.

· O Holocausto: O assassinato sistemático de aproximadamente 6 milhões de judeus e outros milhões de "indesejáveis" pelo regime nazista.

· Ascensão de Duas Superpotências: O fim da guerra marcou o declínio da Europa e a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética como superpotências globais, levando à Guerra Fria.

· Divisão do Mundo e da Alemanha: A Europa foi dividida por uma "Cortina de Ferro". A Alemanha foi dividida em Ocidental (capitalista) e Oriental (comunista).

· Criação da ONU: Para evitar futuros conflitos em escala global, foi fundada a Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945.

· Guerra Fria: O mundo bipolarizado entre EUA e URSS mergulhou em décadas de tensão ideológica, política e militar, sem conflito direto.

Fatores Responsáveis pelo Fim do Conflito Armado

O fim da guerra foi resultado de uma combinação de fatores: a esmagadora superioridade industrial e militar dos Aliados; o esgotamento total dos recursos do Eixo; a rendição incondicional exigida pelos Aliados; e o uso das bombas atômicas, que forçou uma rápida e definitiva rendição japonesa, alterando para sempre a natureza da guerra e da política internacional.

A Segunda Guerra Mundial foi, portanto, um ponto de ruptura na história, um conflito moldado por ideologias tóxicas, falhas diplomáticas e ambições desmedidas, cujas consequências ecoam até os dias atuais.


ATIVIDADE PONTUADA (+1.5)


Exercício: Segunda Guerra Mundial

Instruções: Responda às questões discursivas com clareza e concisão, utilizando seus conhecimentos. Para as questões de múltipla escolha, escolha a alternativa correta.

PARTE I: QUESTÕES DISCURSIVAS

1. Defina, em suas próprias palavras, o que foi a Segunda Guerra Mundial em termos de abrangência e impacto.

2. Explique de que maneira o Tratado de Versalhes (Tratado que finalizou a Primeira Guerra Mundial) contribuiu para criar um ambiente propício para a eclosão da Segunda Guerra Mundial.

3. Quais são as quatro características principais compartilhadas pelos regimes nazifascistas que ascenderam na Europa nos anos 1930?

4. O que foi o período conhecido como "Paz Armada" e qual a sua relação com a política de Apaziguamento?

5. Descreva o objetivo da Política de Alianças no contexto pré-guerra e nomeie os países que formavam a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente no início do conflito armado.

6. Qual foi a importância estratégica do Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético (Ribbentrop-Molotov) para os planos de Adolf Hitler?

7. Qual foi o evento estopim que levou a Inglaterra e a França a declararem guerra à Alemanha em 1939?

8. Quais dois eventos marcaram a "Virada" dos Aliados no conflito, um na Frente Oriental e outro na Frente do Pacífico, entre 1942 e 1943?

9. Liste três fatores citados no texto que foram decisivos para bloquear o avanço das tropas de Hitler e levar à derrota da Alemanha Nazista.

10. Além das imensas perdas humanas, quais foram três consequências geopolíticas principais da Segunda Guerra Mundial?

PARTE II: QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA

11. O nazifascismo, que ascendeu na Alemanha e Itália, era caracterizado por uma ideologia de extrema-direita que incluía:

   a) Internacionalismo, pacifismo, igualitarismo social e desarmamento.
   b) Nacionalismo extremado, militarismo, expansionismo e discurso de ódio.
   c) Democracia liberal, livre-mercado, diplomacia multilateral e direitos humanos.
   d) Cosmopolitismo, anti-militarismo, isolacionismo e tolerância religiosa.

12. A "Paz Armada" (1930-1939) pode ser definida como um período em que:

   a) As potências vencedoras da Primeira Guerra desarmaram-se completamente para garantir a paz.
   b) Houve um intenso rearmamento das potências europeias, enquanto se mantinham negociações diplomáticas frágeis.
   c) A Liga das Nações conseguiu impor um desarmamento geral e eficaz.
   d) Os EUA lideraram uma aliança militar permanente para conter a Alemanha.

13. A política de "Apaziguamento", adotada por Inglaterra e França, é associada diretamente a qual evento?

   a) Invasão da Polônia pela Alemanha.
   b) Conferência de Munique e a anexação dos Sudetos.
   c) Assinatura do Pacto Germano-Soviético.
   d) Batalha de Stalingrado.

14. O Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético (1939) foi strategicamente importante para Hitler porque:

   a) Garantiu que os EUA permaneceriam neutros no conflito.
   b) Impediu que a Itália deixasse o Eixo.
   c) Assegurou que a Alemanha não teria que lutar uma guerra em duas frentes (oeste e leste) inicialmente.
   d) Forneceu à Alemanha mão de obra especializada da URSS.

15. O estopim oficial para a entrada da Inglaterra e da França na Segunda Guerra Mundial foi:

   a) O ataque japonês a Pearl Harbor.
   b) A invasão da União Soviética pela Alemanha (Operação Barbarossa).
   c) A anexação (Anschluss) da Áustria pela Alemanha.
   d) A invasão da Polônia pela Alemanha.

16. Qual batalha é amplamente considerada o principal ponto de virada da guerra na Frente Oriental, marcando o início do recuo alemão?

   a) Batalha da Inglaterra.
   b) Batalha de Midway.
   c) Batalha de Stalingrado.
   d) Batalha do Dia D.

17. O que levou os Estados Unidos a entrarem oficialmente na Segunda Guerra Mundial?

   a) A declaração de guerra da Alemanha após o ataque a Pearl Harbor.
   b) A invasão da França pelas tropas alemãs.
   c) A descoberta dos campos de concentração.
   d) O apelo direto do Primeiro-Ministro britânico, Winston Churchill.

18. A abertura da "Segunda Frente" na Europa Ocidental, com o desembarque de tropas aliadas na França, ocorreu em uma operação conhecida como:

   a) Operação Barbarossa.
   b) Batalha de Midway.
   c) Dia D (Desembarque na Normandia).
   d) Batalha de Bulge.

19. Qual foi uma consequência política imediata do fim da Segunda Guerra Mundial?

   a) A unificação da Alemanha sob um único governo socialista.
   b) A ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética como superpotências rivais, iniciando a Guerra Fria.
   c) A dissolução da Organização das Nações Unidas (ONU).
   d) O domínio absoluto da Europa sobre o sistema geopolítico mundial.

20. Qual foi o argumento principal para o uso das bombas atômicas pelos EUA contra o Japão?

    a) Testar publicamente o novo poderio militar em um alvo civil.
    b) Forçar uma rendição rápida e incondicional do Japão, evitando uma custosa invasão terrestre.
    c) Demonstrar superioridade tecnológica à União Soviética.
    d) Vingar-se pelo ataque a Pearl Harbor.

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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Feudalismo (Sistema Feudal) Aula 2025

Feudalismo - Aula 2025 


O Feudalismo e a Sociedade Feudal: A Estrutura de uma Era

O feudalismo foi o sistema social, político e econômico predominante na Europa durante a Idade Média, aproximadamente entre os séculos V e XV. Ele não foi um sistema planejado, mas sim uma resposta à desagregação do Império Romano, à instabilidade política, às invasões bárbaras e à ruralização da sociedade. No vácuo de um poder central forte, relações pessoais de lealdade e a posse da terra tornaram-se as bases da organização social.

O que era o Feudo?

O feudo era a unidade básica de produção e organização do sistema feudal. Tratava-se de um lote de terras concedido por um senhor (o suserano) a outro homem livre (o vassalo), em troca de fidelidade e serviços, principalmente o serviço militar. O feudo não era apenas uma propriedade, mas uma jurisdição, onde o senhor exercia poder sobre a terra e as pessoas que nela viviam.


A Composição do Feudo

Um feudo típico era composto por:

1. Castelo ou Manso Senhorial: A residência fortificada do senhor feudal, centro administrativo e de defesa do feudo.

2. Manso Servil: Lotes de terra onde os camponeses (servos) viviam e trabalhavam para seu próprio sustento.

3. Terras Comunais: Florestas, pastos e rios de uso comum para todos os habitantes do feudo.

4. Manso Ducal: As melhores terras, cuja produção pertencia inteiramente ao senhor feudal.


O Senhor Feudal

O senhor feudal era o detentor do feudo e possuía autoridade quase absoluta em seus domínios. Ele era um nobre (cavaleiro, conde, duque) ou um membro alto do clero (bispo, abade). Suas funções incluíam administrar a justiça, comandar a defesa militar, cobrar impostos e proteger todos os que viviam sob sua jurisdição.


Características Principais do Feudalismo

· Poder Localizado: A autoridade política estava fragmentada entre os senhores feudais, e não centralizada em um rei.

· Economia Agrícola e Autossuficiente: Baseada na agricultura e na pecuária, com produção quase exclusivamente para o consumo local (economia de subsistência).

· Sociedade Estamental: A posição social era determinada pelo nascimento, sem mobilidade. A divisão era tripartida: os que oram (clero), os que combatem (nobreza) e os que trabalham (camponeses).

· Relações de Dependência Pessoal: Laços de fidelidade e obrigações mútuas (vassalagem) substituíam o conceito de cidadania.

· Enfraquecimento do Comércio e da Moeda: A economia era predominantemente natural, baseada na troca de produtos e serviços.

A Sociedade Feudal: Uma Pirâmide de Deveres

A sociedade feudal era hierárquica e piramidal:

· Topo: O Rei, teoricamente o dono de todas as terras, mas cujo poder real era limitado.

· Alta Nobreza e Alto Clero: Suseranos que concediam feudos a vassalos.

· Baixa Nobreza (Cavaleiros): Vassalos que recebiam feudos e prestavam serviço militar.

· Base: Os Camponeses (Servos), a vasta maioria da população. Eles não eram escravos, mas estavam presos à terra. Não podiam deixar o feudo sem permissão e deviam uma série de obrigações ao senhor.


Economia Feudal: A Autossuficiência do Feudo

A economia era de subsistência e autárquica. Cada feudo produzia quase tudo o que necessitava: alimentos, roupas, ferramentas e armas. O comércio era reduzido, e a moeda tinha circulação limitada. A riqueza era medida pela posse de terras e não por capital monetário.

Religiosidade no Feudo

A Igreja Católica era a instituição mais poderosa e unificadora da Idade Média. Ela fornecia a estrutura ideológica que justificava a ordem feudal: a divisão estamental era vista como vontade de Deus. A vida religiosa estava centrada nas paróquias e mosteiros, que também eram grandes senhores feudais. A Igreja oferecia consolo espiritual, era a guardiã do conhecimento e desempenhava um papel social assistencial.

Política no Feudo e na Europa da Idade Média

Politicamente, o feudalismo representou a fragmentação do poder. Não existia um Estado nacional forte. O poder do rei era mais simbólico do que efetivo sobre os domínios de seus vassalos. A lealdade era, antes de tudo, para com o senhor direto, criando um sistema de "estados dentro do estado". A Europa medieval era um mosaico de milhares de feudos independentes.

Relações de Suserania e Vassalagem

Era o cerne das relações políticas feudais. Consistia em um contrato solene entre dois homens livres:

1. Homenagem: O vassalo jurava fidelidade ao suserano.

2. Investidura: O suserano concedia um benefício (o feudo) ao vassalo.
   Em troca do feudo,o vassalo devia ao suserano:

· Auxilium: Ajuda militar e financeira.
· Consilium: Conselho e apoio político, participando da corte feudal.

Impostos e Obrigações Servis

Os servos sustentavam toda a estrutura feudal através de pesados tributos e obrigações:

· Corveia: Trabalho gratuito e compulsório nas terras do senhor (manso ducal) por vários dias por semana.
· Talha: Parte da produção do lote do servo era entregue ao senhor.
· Banalidades: Taxas pelo uso de instalações do senhor, como moinho, forno e celeiro.
· Capitação: Imposto pago por cada membro da família servil.
· Tostão de Pedro: Taxa paga à Igreja.

Ascensão e Declínio do Feudalismo

· Ascensão (séc. V-IX): Surgiu com a crise do Império Romano, as invasões germânicas e a necessidade de proteção local. O auge foi entre os séculos X e XI.

· Declínio (séc. XII-XV): Vários fatores contribuíram:
  · Renascimento Comercial e Urbano: O crescimento das cidades e do comércio reintroduziu a economia monetária.

  · Centralização do Poder Real: Reis fortaleceram seu poder, criando exércitos nacionais e sistemas de impostos reais, enfraquecendo os senhores feudais.
 
 · Peste Negra (séc. XIV): A dizimação da população criou escassez de mão de obra, dando mais poder de barganha aos camponeses sobreviventes.

  · Guerras: Conflitos como a Guerra dos Cem Dias (1337-1453) aceleraram as transformações.

Contribuições e Heranças do Feudalismo

Apesar de ser um sistema marcado pela rigidez e desigualdade, o feudalismo deixou legados importantes:

· Formação das Nacionalidades: A fragmentação feudal deu origem, posteriormente, aos Estados Nacionais europeus.

· Desenvolvimento de Instituições Parlamentares: As assembleias de vassalos evoluíram para parlamentos.

· Tradições Jurídicas e Culturais: Desenvolveu códigos de honra, a cavalaria e uma rica cultura medieval.

· Estrutura Fundiária: Muitas das propriedades rurais e divisões de terra na Europa moderna têm suas raízes no sistema de feudos.

Em suma, o feudalismo foi a espinha dorsal da Idade Média, uma época complexa que, longe de ser uma "idade das trevas", foi um período fundamental para a formação da identidade, das fronteiras e das instituições da Europa moderna.

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ATIVIDADE PONTUADA (+1,0)


Exercício: O Feudalismo e a Sociedade Feudal

Parte 1: Questões Discursivas

1. Explique o que era o feudo e descreva brevemente como ele era composto.

2. Descreva as duas obrigações principais (Auxilium e Consilium) que um vassalo devia a seu suserano dentro do pacto de vassalagem.

3. Cite e explique três características principais da economia feudal.

4. Analise o papel da Igreja Católica dentro da sociedade feudal. Por que ela é considerada uma das instituições mais poderosas desse período?

5. Compare a condição de um servo com a de um escravo na Antiguidade. Quais as principais diferenças?

6. Explique de que maneira o renascimento comercial e urbano a partir do século XII contribuiu para o 
declínio do sistema feudal.

7. Mencione duas heranças ou contribuições do feudalismo para a formação da Europa moderna.

Parte 2: Questões de Múltipla Escolha

Instrução: Leia as questões atentamente e selecione a alternativa correta.

1. O feudalismo pode ser definido como um sistema:
   a) Urbano e comercial, baseado no uso intenso da moeda.
   b) Social, político e econômico baseado na terra e em relações de dependência pessoal.
   c) Democrático, com poder centralizado nas mãos do rei.
   d) Nômade, organizado em torno do pastoreio.

2. Qual era a principal unidade de produção e organização do mundo feudal?
   a) A Cidade-Estado
   b) O Feudo
   c) O Mosteiro
   d) O Império

3. Na sociedade feudal estamental, a divisão tripartida era composta por:
   a) Reis, nobres e escravos.
   b) Clero, nobreza e camponeses.
   c) Senhores, vassalos e mercadores.
   d) Patrícios, plebeus e clientes.

4. A relação de vassalagem, cerne da política feudal, era um contrato entre:
   a) Um senhor feudal e seu servo.
   b) Um rei e um membro do clero.
   c) Dois homens livres (suserano e vassalo).
   d) Um mercador e um artesão.

5. Qual das obrigações servis listadas abaixo referia-se ao trabalho gratuito que o servo realizava nas terras do senhor?
   a) Talha
   b) Corveia
   c) Banalidade
   d) Tostão de Pedro

6. Um dos fatores que contribuíram para o declínio do feudalismo foi:
   a) O fortalecimento do poder local dos senhores feudais.
   b) A intensificação do processo de ruralização da sociedade.
   c) O renascimento comercial e a centralização do poder real.
   d) A diminuição do uso da moeda nas transações.

7. A parte do feudo cuja produção pertencia inteiramente ao senhor feudal era conhecida como:
   a) Manso Servil
   b) Terras Comunais
   c) Manso Ducal
   d) Castelo

8. Qual instituição era a principal responsável pela estrutura ideológica e religiosa que justificava a ordem social feudal?
   a) O Exército Real
   b) A Assembleia dos Vassalos
   c) A Igreja Católica
   d) As Corporações de Ofício

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Estudo dirigido Idade Média 1° Ano 24/10/25

Estudo dirigido - Idade Média - Primeiro Ano - CIEP 432. Atividade individual ou em dupla. Em folha solta. Faça uma redação,  no modelo diss...