quarta-feira, 21 de junho de 2023

Civilização grega

Civilização grega

A Grécia não era um país ou um Estado unificado: era uma comunidade de cidades-Estado espalhadas pelo Mar Mediterrâneo e pelo Mar Egeu que falavam a mesma língua e tinham tradições culturais em comum. O início dessa civilização se deu nas regiões da Ática e do Peloponeso e, a partir do século VIII a.C., os gregos se estenderam para os territórios onde hoje estão a Turquia, o sul da Itália, a França e a Espanha, além do norte da África.



Fonte: Atlas histórico. São Paulo: Encyclopaedia Britannica, 1977. p. 165.

Periodização da Antiguidade Grega

01 - Período Pré-homérico
2000 a.C. - 1200 a.C. 
Fixação dos primeiros povos na Península Balcânica e nas ilhas do mar Egeu.

02 - Período Homérico
1200 a.C. - 800 a. C.
Sociedade organizada em genos (conjunto de grupos familiares).

03 - Período Arcaico
800 a.C. - 500 a.C.
Formação das primeiras Polis (cidades-Estado) e colonias gregas pelo mar do Mediterrâneo.

04 - Período Clássico
500 a.C. - 338 a.C.
Período marcado pelo predomínio das Polis de Atenas e Esparta.

05 - Período Helenístico
338 a.C. - 145 a.C.
A Grécia foi invadida e dominada pelos macedônios.


Periodização da História da Grécia Antiga.




Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos; MARTINELLI, Marcello. Moderno atlas geográfico: visualização cartográfica. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2016. p. 45.


Os primeiros “gregos”

Os cretenses

Creta: Uma ilha do mar Egeu, a civilização cretense (3000 a.C. - 2000 a.C.) foi o berço da Grécia Antiga.

Centenas de anos antes do surgimento das primeiras cidades-Estado na Grécia, vários povos já haviam habitado aquele território. Eles tinham formado aldeias, e algumas delas tinham dado origem a importantes cidades. As mais antigas existiram por volta de 2000 a.C. e estavam localizadas na Ilha de Creta. Por isso, a sociedade que surgiu ali é chamada de civilização cretense ou minoica.

Cretenses: Destaque pelo desenvolvimento de cidades, portos e pelo comércio marítimo que realizavam com outros povos, entre eles os fenícios e os egípcios.

Os cretenses desenvolveram um tipo de escrita (Linear A) e destacaram-se por suas obras de arte e pela contrução de grandiosos palácios, como o palácio de Cnossos.

Civilização micênica

Centenas de anos depois, os aqueus, povo falante de uma língua grega primitiva, chegaram à Grécia peninsular. Eles também construíram cidades, entre elas Micenas (se tornou o centro de expansão da civilização aqueia), Pilos e Argos, onde ergueram palácios luxuosos. Como as principais evidências sobre aquelas cidades foram encontradas no sítio de Micenas, o modo de vida delas foi nomeado civilização micênica. Com o tempo, os aqueus se estabeleceram também em Creta. Eles adotaram a escrita cretense e a adaptaram para a sua própria língua (escrita Linear B).

Por volta de 1450 a.C., os micênicos invadiram Creta e tomaram o palácio de Cnossos. A partir de então, o intercâmbio entre essas duas culturas tornou-se mais intenso, dando origem à chamada civilização creto-micênica, considerada por muitos estudiosos a ancestral direta da civilização grega antiga.

Por volta de 1200 a.C., a civilização micênica entrou em colapso. Os palácios foram destruídos ou abandonados, assim como as cidades, que praticamente desapareceram. As pessoas passaram a viver em pequenas aldeias, e a escrita micênica foi esquecida. Na mesma época, dórios, eólios e jônios se estabeleciam no território grego. Como os aqueus, eram povos indo-europeus. A mistura desses quatro povos deu origem aos gregos.




Portal do Leão, no sítio arqueológico de Micenas, na Grécia. Foto de 2018. Construído entre 1400 a.C. e 1300 a.C., o portal dava acesso à antiga cidade de Micenas.





Os acontecimentos dessa linha do tempo não foram representados em escala temporal.


A formação das pólis gregas


Entre os séculos XII a.C. e VIII a.C. formaram-se na Grécia sociedades que tinham características muito diferentes das que existiam nas cidades micênicas. As novas comunidades estavam organizadas em famílias, que incluíam escravos, animais, terras e casas, chamadas de oikos. O governo era exercido por uma assembleia composta de membros das famílias nobres, que cuidavam das leis, da administração, da justiça e da defesa do território.

A partir do século VIII a.C., o crescimento da população estimulou as trocas comerciais e o aparecimento de várias cidades, isoladas umas das outras. Chamadas de pólis, cada uma delas transformou-se em um Estado independente, com leis, justiça e governo próprios. Por isso, elas também são conhecidas como cidades-Estado.

As pólis eram governadas por reis, mas seus cidadãos podiam interferir nos assuntos do governo. Porém, nas primeiras pólis, apenas os aristocratas tinham direito à cidadania, ou seja, apenas eles podiam atuar na vida política da cidade.

A expansão colonial grega

A partir do século IX a.C., a população grega cresceu rapidamente, e as terras agrícolas tornaram-se insuficientes para o sustento de todos. Enquanto os aristocratas ficavam com as melhores terras, os camponeses pobres se viam obrigados a trabalhar para eles. Muitos camponeses, endividados, tornavam-se escravos. Essa situação gerou fortes tensões sociais.

A saída encontrada para diminuir o problema foi ocupar terras ao longo dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro. Assim, entre os séculos VIII a.C. e VI a.C., os gregos fundaram colônias no sul da Europa, no norte da África, na Ásia Menor e na costa do Mar Negro. As colônias gregas fundadas no sul da Península Itálica e na Sicília, por exemplo, ficaram conhecidas como Magna Grécia.



Vista da acrópole de Atenas, na Grécia. Foto de 2018. A acrópole era o centro político das pólis e reunia os templos religiosos e as construções mais importantes das cidades-Estado. À direita, em destaque no alto, podemos observar o Partenon, templo construído em homenagem à deusa Atena.



Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992. p. 46.


Foto quadro - União de povos cretenses + aqueus+ Dórios + Eólis e Jônios) deram origem ao que chamamos hoje de civilização grega antiga.




Foto do quadro



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