Revolução Constitucionalista de 1932
Concentração de poderes
Ao assumir o poder, Getúlio Vargas iniciou um processo de centralização política. Fechou o Congresso Nacional e também as assembleias legislativas estaduais e as câmaras municipais. Assim, Vargas passou a controlar os poderes Executivo e Legislativo, governado por meio de decretos-leis (decreto lançado pelo presidente ou pelo Congresso Nacional que tem validade de lei). Com exceção do estado de Minas Gerais (aliado de Vargas na Aliança Liberal e na Revolução de 1930), todos os governadores foram substituídos por interventores federais, a maioria militares tenentistas (tenentistas apoiaram o Golpe de 1930). Em 1932, o presidente Vargas decretou um Código Eleitoral, que estabelecia o voto secreto e o voto feminino.
A Revolução Constitucionalista de 1932
As relações entre o Governo Provisório e os políticos paulistas estavam tensas, pois os paulistas não aceitavam os interventores militares indicados por Vargas. As forças oligárquicas destituídas do poder começaram então a se reorganizar, formando a Frente Única Paulista, que reunia as principais lideranças políticas do estado. Essa união se deu em torno da campanha constitucionalista, que reivindicava a volta à legalidade com uma nova Constituição.
A Frente Única Paulista foi a aliança política dos principais partidos do estado de São Paulo em Fevereiro de 1932, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Democrático. A FÚP liderou o movimento paulista contrário ao governo provisório federal instituído com a Revolução de 1930, liderado por Getúlio Vargas. Entre as principais reivindicações do movimento estão a autonomia política para o estado de São Paulo, a nomeação de um interventor paulista e civil para o estado e a criação de uma nova Constituição Federal.
Em 09 de julho de 1932, após vários meses de agitação política e manifestações de apoio popular, teve início o movimento revoltoso. A indústria paulista passou a produzir armamentos, surpreendendo o Governo Provisório de Vargas. Apesar de mais bem equipada do que o próprio Exército, as tropas paulistas não puderam resistir à campanha de Vargas, que reuniu forças de todo o Brasil. Após três meses de luta, os paulistas foram derrotados, porém atingiram seu principal objetivo: a convocação de eleições para uma Assembleia Constituinte.
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