sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Revolução Constitucionalista de 1932

Revolução Constitucionalista de 1932


Revolução Constitucionalista de 1932 - A oligarquia de São Paulo não concordava com as consequências do Golpe de 1930. Consequências que veremos abaixo. 

Concentração de poderes

Ao assumir o poder, Getúlio Vargas iniciou um processo de centralização política. Fechou o Congresso Nacional e também as assembleias legislativas estaduais e as câmaras municipais. Assim, Vargas passou a controlar os poderes Executivo e Legislativo, governado por meio de decretos-leis (decreto lançado pelo presidente ou pelo Congresso Nacional que tem validade de lei). Com exceção do estado de Minas Gerais (aliado de Vargas na Aliança Liberal e na Revolução de 1930), todos os governadores foram substituídos por interventores federais, a maioria militares tenentistas (tenentistas apoiaram o Golpe de 1930). Em 1932, o presidente Vargas decretou um Código Eleitoral, que estabelecia o voto secreto e o voto feminino.


Após o Golpe de 1930, Vargas iniciou o processo de centralização do poder em suas mãos.


Vargas assumiu, dissolveu o Congresso e colocou interventores federais nos estados (exceto MG).


Código Eleitoral de 1932 - Voto secreto e voto feminino.

A Revolução Constitucionalista de 1932

As relações entre o Governo Provisório e os políticos paulistas estavam tensas, pois os paulistas não aceitavam os interventores militares indicados por Vargas. As forças oligárquicas destituídas do poder começaram então a se reorganizar, formando a Frente Única Paulista, que reunia as principais lideranças políticas do estado. Essa união se deu em torno da campanha constitucionalista, que reivindicava a volta à legalidade com uma nova Constituição.


Os paulistas não aceitavam o fortalecimento de poder de Getúlio Vargas e os seus interventores. 


A Frente Única Paulista foi a aliança política dos principais partidos do estado de São Paulo em Fevereiro de 1932, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Democrático. A FÚP liderou o movimento paulista contrário ao governo provisório federal instituído com a Revolução de 1930, liderado por Getúlio Vargas. Entre as principais reivindicações do movimento estão a autonomia política para o estado de São Paulo, a nomeação de um interventor paulista e civil para o estado e a criação de uma nova Constituição Federal.

Campanha constitucionalista

Em 09 de julho de 1932, após vários meses de agitação política e manifestações de apoio popular, teve início o movimento revoltoso. A indústria paulista passou a produzir armamentos, surpreendendo o Governo Provisório de Vargas. Apesar de mais bem equipada do que o próprio Exército, as tropas paulistas não puderam resistir à campanha de Vargas, que reuniu forças de todo o Brasil. Após três meses de luta, os paulistas foram derrotados, porém atingiram seu principal objetivo: a convocação de eleições para uma Assembleia Constituinte.


A Revolução Constitucionalista foi um movimento armado iniciado em 9 de julho de 1932, liderado pelo estado de São Paulo, que defendia uma nova Constituição para o Brasil e atacava o autoritarismo do Governo Provisório de Getúlio Vargas.


São Paulo perdeu a batalha, mas ganhou o objetivo principal com a convocação de eleições para uma Assembleia Constituinte.

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