A Aliança Nacional Libertadora (ANL)
A partir de década de 1930, com a ascensão de partidos fascistas na Europa e a formação do Integralismo no Brasil, os comunistas decidiram tomar novos rumos. Em 1935, eles se uniram a diversos grupos políticos contrários ao Fascismo, à presença de membros dos governos de outros países no Brasil - em especial dos Estados Unidos - e aos latifúndios, formando uma nova organização política, a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Os comunistas se uniram aos diversos grupos políticos contrários ao Fascismo.
Dentro do contexto histórico da Guerra Fria, os comunistas eram contrários ao imperialismo estadunidense.
A ANL defendia a formação de um governo popular que garantisse a liberdade dos cidadãos, a proteção às pequenas e médias propriedades, a nacionalização de empresas estrangeiras, o cancelamento da dívida externa e a reforma agrária. Esse partido atraiu sindicatos e a classe média urbana, representada por militares, intelectuais, profissionais liberais e estudantes. Luís Carlos Prestes, que havia aderido ao PCB em 1934, foi aclamado como presidente de honra da ANL.
Luís Carlos Prestes - presidente de honra da ANL.
Ainda em 1935, o Congresso aprovou a Lei de Segurança Nacional, que definia os crimes contra a ordem política e social. Em julho do mesmo ano (1935), o governo decretou que a Aliança Nacional Libertadora era ilegal.
Lei de Segurança Nacional do Brasil é uma lei que visa a diminuição do poder político dos opositores do regime, pois visava garantir a "segurança nacional" do Estado contra a subversão da lei e da ordem, a integridade territorial da federação e contra a soberania nacional.
O Levante Comunista
Com a ilegalidade da ANL, os comunistas civis e militares, inspirados pelo tenentismo (lembre da Coluna Prestes), iniciaram um movimento revolucionário, tomando o poder na cidade de Natal, em 23 de novembro de 1935. Nos dias seguintes, militares aderiram ao Levante Comunista, tomando quartéis no Recife e no Rio de Janeiro.
Em poucos dias, no entanto, o movimento foi sufocado pelas tropas legalistas do Exército e seus participantes foram presos. Nos anos seguintes, Getúlio Vargas utilizaria o exemplo do Levante Comunista como justificativa para o aumento da perseguição a grupos políticos contrários ao seu governo.
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