sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Governo Costa e Silva (1967 - 1969)

 O governo Costa e Silva (1967 - 1969)


Presidente Arthur da Costa e Silva

Indicado pelos militares, o general Arthur da Costa e Silva foi eleito presidente da república em outubro de 1966 e empossado em março do ano seguinte. Apoiado por uma ala do exército conhecida como “linha dura”, seu governo ficou marcado pelo crescimento dos movimentos de oposição e pela violência da repressão policial.

O movimento estudantil, mesmo na clandestinidade, continuava se organizando e atuando por melhores condições de ensino e contra o regime. Os estudantes secundaristas também começaram a se organizar reivindicando o fim da ditadura e o aumento do número de vagas nas universidades públicas.

Em março de 1968, durante um protesto no centro do Rio de Janeiro, o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto foi morto pela polícia. Milhares de pessoas acompanharam seu enterro e compareceram à missa de sétimo dia. As homenagens ao estudante se transformaram em manifestações de repúdio à violência da ditadura.

Em junho do mesmo ano, o movimento estudantil organizou uma grande manifestação contra o regime militar. O protesto, que ficou conhecido como a Passeata dos Cem Mil, contou com a participação de artistas, estudantes, padres, intelectuais e outros setores da sociedade brasileira.

 O AI-5: os anos de chumbo

As manifestações contra o regime não ficaram restritas às ruas. Em setembro de 1968, o deputado da oposição Márcio Moreira Alves (MDB) proferiu um discurso na Câmara dos Deputados conclamando a população a boicotar os desfiles de 7 de setembro, além de chamar os quartéis de “covis de torturadores”.

As Forças Armadas, enfurecidas com o discurso do deputado, encontraram o pretexto para decretar o Ato Institucional no 5 (AI-5), que autorizava o presidente a fechar o Congresso Nacional, intervir em estados e municípios, suspender direitos políticos de qualquer cidadão por dez anos e suprimir o direito ao habeas corpus.

O AI-5 contribuiu para radicalizar a luta contra o regime. Grupos políticos de resistência intensificaram as ações armadas, na forma de guerrilha, para derrubar a ditadura. Começava o período conhecido como “anos de chumbo”.

Milhares de pessoas protestam contra a ditadura na Passeata dos Cem Mil, realizada em junho de 1968, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

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