segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Governo Fernando Henrique Cardoso (1994 - 2002)

Governo Fernando Henrique Cardoso (1º e 2º mandato)


Foi presidente do Brasil por dois mandatos, de 1995 até 2002. Consolidou o Plano Real, estabeleceu reformas constitucionais, privatizou empresas estatais, instituindo o neoliberalismo no país.

Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência em 1995, prometendo dar continuidade à política de estabilização econômica. Para reduzir o déficit público, acelerou a política de privatizações iniciada com o Programa Nacional de Desestatização, de 1990. Promoveu também uma reforma constitucional, visando enxugar a máquina administrativa. A adoção dessas medidas suscitou grandes debates e ocorreu sob denúncias de corrupção e irregularidades envolvendo o processo de privatização de companhias estatais. De acordo com críticos do governo, a Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, foi vendida por menos de 5% do que valia.

O governo Fernando Henrique foi marcado pela reforma do funcionalismo público e pelas privatizações. Com o fim de obter a redução de gastos estatais, FHC conseguiu terminar - em parte - com a estabilidade do serviço público. Assim, os governos estaduais foram obrigados a reduzir o número de empregados de suas agências.

Em junho de 1997, o Congresso votou a emenda constitucional que permitia a reeleição de prefeitos, governadores e do presidente da república. Mesmo sob suspeita de compra de votos, a emenda foi aprovada, permitindo a FHC concorrer a um novo mandato.

Em outubro de 1998, Fernando Henrique foi reeleito no primeiro turno. Em seu segundo mandato, ele adotou medidas positivas na área social. A criação do Bolsa Escola e do Fundo de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Fundamental (Fundef) promoveu a ampliação das matrículas escolares e a queda do analfabetismo no país. Na saúde, destacaram-se a redução da mortalidade infantil, o programa de combate à aids e a lei que autorizou a comercialização dos medi­camentos genéricos, barateando o preço de muitos ­remédios consumidos pela população.

Na área econômica, porém, as dificuldades foram grandes. Uma crise na Rússia levou investidores a reti­rar dólares aplicados no Brasil. Com baixas reservas, o governo recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1998 e 2001. Para honrar os compromissos assumidos com o FMI, o governo desvalorizou o real e elevou a taxa de juros. Como resultado, a dívida pública triplicou, empresas com dívidas em dólares ficaram em dificuldades e o desemprego cresceu. Com índices de popularidade muito baixos, FHC não conseguiu eleger seu sucessor.

As várias crises externas que impactaram a economia brasileira durante os quatro anos do segundo governo e graças à continuidade do Plano Real, a inflação se manteve baixa.

Este contexto de crise econômica do segundo mandado exigiu o controle do gasto público e aumento da produção como condição para novos empréstimos. Isto leva a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal para estados e municípios.

Os problemas históricos como a má distribuição de renda, desigualdade social e precariedade na saúde e na educação não foram resolvidos.



Por esta razão, em 2002, não conseguiu fazer o candidato do PSDB, José Serra, ganhar as eleições, que foram vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva naquele ano.



Para revisar

https://www.youtube.com/watch?v=T0dIw9Qe_p4

Para avaliar os seus conhecimentos sobre o governo Fernando Henrique Cardoso, clique no link abaixo:

https://forms.gle/UensSL2FdL6hADBRA


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Revolução Francesa e as suas contribuições para a formulação do mundo contemporâneo (Revolução Francesa parte 03)

Revolução Francesa foi: A Revolução Francesa foi um período de intensa agitação política e social na França entre 1789 e 1799, que teve um i...