sábado, 22 de março de 2025

05 de 2025 - O povoamento humano ao longo dos continentes. Da África para o mundo.

Povoamento humano ao longo do planeta 

O Povoamento Humano ao Longo do Planeta Terra

O povoamento humano ao longo do planeta Terra é uma jornada fascinante que remonta a milhões de anos. Desde os primeiros hominídeos na África até a colonização de todos os continentes, a história da humanidade é marcada por migrações, adaptações e transformações culturais.

O que foi a Pangeia? Por que ela não existe mais?

Pangeia 

A Pangeia foi um supercontinente que existiu há cerca de 300 milhões de anos, durante a era Paleozoica e Mesozoica. Todos os continentes atuais estavam unidos em uma única massa terrestre. A Pangeia começou a se fragmentar há aproximadamente 200 milhões de anos, devido ao movimento das placas tectônicas, um processo conhecido como deriva continental. Essa fragmentação deu origem aos continentes que conhecemos hoje.

África: Terra Mãe

Migrações na Pré-História 

A África é considerada o berço da humanidade. Os fósseis humanos mais antigos já encontrados foram descobertos nesse continente. Entre eles, destacam-se os fósseis de Australopithecus afarensis, como o famoso esqueleto conhecido como Lucy, descoberto na Etiópia em 1974. Lucy viveu há cerca de 3,2 milhões de anos e é um dos exemplos mais completos de hominídeos bípedes, marcando uma etapa crucial na evolução humana.

Lucy - Fóssil 

Os primeiros hominídeos 

Povos nômades e sedentários: Definição e diferenças

- Povos Nômades: São grupos que não possuem residência fixa, deslocando-se constantemente em busca de recursos como água, alimentos e abrigo. Eram caçadores-coletores e viviam em pequenos grupos.

- Povos Sedentários: São grupos que se estabelecem em um local fixo, geralmente após o desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais. A sedentarização permitiu o crescimento populacional e o surgimento das primeiras civilizações.

Primeiras Ondas de Migração da África para a Europa e Oriente Médio

As primeiras migrações humanas fora da África ocorreram há cerca de 2 milhões de anos, com o Homo erectus. Esses hominídeos se espalharam pela Europa e Ásia, adaptando-se a diferentes climas e ecossistemas. A migração foi impulsionada por mudanças climáticas, busca por novos recursos e o desenvolvimento de ferramentas que facilitaram a sobrevivência em ambientes diversos.

Povoamento humano no Continente Asiático

O povoamento da Ásia ocorreu em várias ondas migratórias. O Homo erectus foi o primeiro a chegar, há cerca de 1,8 milhão de anos. Posteriormente, o Homo sapiens migrou para a Ásia há aproximadamente 60 mil anos, espalhando-se por regiões como o Oriente Médio, o subcontinente indiano e o Sudeste Asiático. A Ásia também foi palco do desenvolvimento de algumas das primeiras civilizações, como a Mesopotâmia e o Vale do Indo.

Povoamento do Continente Americano

O povoamento das Américas é um tema complexo e ainda debatido. A teoria mais aceita é a do Estreito de Bering, que sugere que grupos humanos migraram da Ásia para a América do Norte há cerca de 15 a 20 mil anos, durante a última era glacial, quando o nível do mar estava mais baixo e havia uma ponte terrestre entre os continentes. Outras teorias sugerem migrações por rotas costeiras ou até mesmo travessias oceânicas.

Chegada dos primeiros seres humanos ao Brasil

Os primeiros seres humanos chegaram ao Brasil há aproximadamente 13 mil anos, provavelmente vindos da América do Norte e Central. Evidências arqueológicas, como os sítios de Lagoa Santa (MG), indicam a presença de grupos caçadores-coletores que já habitavam o território brasileiro nesse período.

Os Primeiros Povoadores Pré-Históricos do Brasil

Os primeiros habitantes do Brasil eram grupos nômades que viviam da caça, pesca e coleta. Eles deixaram vestígios importantes, como pinturas rupestres e ferramentas de pedra. Um dos fósseis mais antigos encontrados no Brasil é o crânio de Luzia, descoberto em Lagoa Santa, datado de cerca de 11.500 anos. Luzia é considerada um dos mais antigos vestígios humanos das Américas.

Fóssil Mais Antigo do Brasil

O fóssil humano mais antigo do Brasil é o crânio de Luzia, encontrado na região de Lagoa Santa, Minas Gerais. Estima-se que Luzia tenha vivido há cerca de 11.500 anos, representando um dos primeiros habitantes do território brasileiro.

Conclusão

O povoamento humano ao longo do planeta Terra é uma história de adaptação, sobrevivência e expansão. Desde os primeiros hominídeos na África até a colonização de todos os continentes, a humanidade demonstrou uma incrível capacidade de se adaptar a diferentes ambientes e desafios. A África, como berço da humanidade, desempenhou um papel central nesse processo, enquanto migrações posteriores levaram o ser humano a explorar e habitar todos os cantos do globo. O estudo desse processo nos ajuda a compreender não apenas nossas origens, mas também a diversidade cultural e biológica que caracteriza a espécie humana hoje.


Foto 28/03/25 turma 1003

Exercício de fixação e revisão (+ 0,5 pontos)

01 - Defina Pangeia:

02 - Por que o continente africano é considerado o "berço da humanidade":

03 - Informe diferenças entre um povo nômade e um povo sedentário:

04 - Quais fatores históricos proporcionaram a sedentarização da espécie humana?

05 - As primeiras aldeias tribais surgiram próximas aos... Porque...

06 - O que é um hominídeo? Informe exemplos de hominídeos:

07 - Quais fatores forçaram a migração humana pelos continentes ao longo da pré-História?

08 - Esses povos que migraram, para sobreviver, precisaram:

terça-feira, 18 de março de 2025

quarta-feira, 12 de março de 2025

Imperialismo e neoimperialismo influenciando os séculos XIX, XX e XXI.

Imperialismo e Neoimperialismo: Continuidades e Transformações.

Clique no link abaixo e veja o vídeo sobre o Imperialismo.
https://youtu.be/ezcqKqmt5WM?si=jbe9asskPdOsurLf

O imperialismo é uma prática de expansão e dominação de nações poderosas sobre territórios mais fracos, geralmente com o objetivo de controlar recursos naturais, mercados e mão de obra. Essa prática foi especialmente marcante nos séculos XIX e XX, quando potências europeias, como Reino Unido, França e Alemanha, colonizaram vastas regiões da África, Ásia e América Latina. No entanto, após a descolonização no século XX, o imperialismo assumiu novas formas, dando origem ao que chamamos de neoimperialismo.

Definição de Neoimperialismo

O neoimperialismo refere-se às práticas de dominação e influência exercidas por nações ou corporações poderosas sobre países mais frágeis, sem necessariamente ocupar seus territórios de forma direta. Em vez de colonização formal, o neoimperialismo utiliza mecanismos econômicos, políticos e culturais para manter o controle, como investimentos estrangeiros, acordos comerciais assimétricos, intervenções militares indiretas e influência midiática.

Influência do Capitalismo e da Revolução Industrial

O neoimperialismo está profundamente ligado ao desenvolvimento do **capitalismo** e aos impactos da Revolução Industrial. A partir do século XIX, a industrialização criou uma demanda crescente por matéria-prima e novos mercados consumidores. As potências industriais, como Reino Unido e França, buscaram controlar regiões ricas em recursos (como África e Ásia) para garantir o abastecimento de suas fábricas e expandir suas economias.

No contexto do neoimperialismo, o capitalismo globalizado ampliou essas dinâmicas. Corporações multinacionais passaram a exercer um papel central, explorando recursos e mão de obra barata em países periféricos, enquanto nações desenvolvidas mantêm o controle por meio de instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. Essas instituições muitas vezes impõem políticas de ajuste estrutural que beneficiam os países ricos em detrimento dos mais pobres.

Exemplos de Neoimperialismo no Século XIX

Embora o termo "neoimperialismo" seja mais associado ao período pós-Segunda Guerra Mundial, suas raízes podem ser identificadas já no século XIX, quando o imperialismo tradicional começou a se adaptar às novas realidades econômicas e políticas. Alguns exemplos incluem:

1. Imperialismo Britânico na Índia: Após a Revolução Industrial, o Reino Unido consolidou seu controle sobre a Índia, não apenas como colônia, mas como um mercado consumidor de produtos industrializados e fornecedor de matérias-primas, como algodão. A administração indireta por meio da Companhia das Índias Orientais é um exemplo precoce de neoimperialismo.

2. Expansão dos EUA na América Latina: No final do século XIX, os Estados Unidos adotaram a Doutrina Monroe e a política do "Big Stick" para exercer influência sobre países latino-americanos. Em vez de colonização direta, os EUA usaram intervenções militares e acordos comerciais para controlar recursos e mercados.

3. Concessões na China: Durante o século XIX, potências europeias e os EUA forçaram a China a aceitar "tratados desiguais", que concediam controle sobre portos e regiões estratégicas. Essas concessões permitiram a exploração econômica sem anexação territorial formal.

4. Neocolonialismo na África: Embora a partilha da África no final do século XIX tenha sido marcada pela colonização direta, algumas práticas já antecipavam o neoimperialismo, como o controle de rotas comerciais e a exploração de recursos por meio de empresas privadas.

Conclusão

O neoimperialismo representa uma evolução das práticas imperialistas, adaptando-se às mudanças no sistema capitalista e nas relações internacionais. Enquanto o imperialismo clássico dependia da ocupação territorial, o neoimperialismo opera por meio de mecanismos mais sutis, mas igualmente impactantes, como o controle econômico e a influência cultural. Compreender essas dinâmicas é essencial para analisar as desigualdades globais e os desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento no mundo contemporâneo.

Foto do quadro da aula 04 - Imperialismo e neoimperialismo 

terça-feira, 11 de março de 2025

2025 - Revolução Inglesa

Revolução Inglesa (1642 - 1688)

Resumo sobre a Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa foi um período de conflitos políticos e sociais que ocorreu na Inglaterra entre 1642 e 1688, marcado pela luta entre a monarquia absolutista e o Parlamento, resultando em transformações significativas no sistema político e na sociedade inglesa.

Antes da Revolução Inglesa
Antes da Revolução, a Inglaterra era governada por uma monarquia absolutista, onde o rei detinha poderes quase ilimitados. A dinastia Stuart, especialmente sob o reinado de Carlos I, enfrentava crescente oposição do Parlamento, que buscava limitar o poder real e garantir mais direitos e liberdades para os cidadãos. A sociedade era estratificada, com uma nobreza poderosa, uma burguesia em ascensão e uma população rural empobrecida.

O que foi a Revolução Inglesa
A Revolução Inglesa foi um conjunto de conflitos armados e mudanças políticas que levaram à queda do absolutismo e ao estabelecimento de uma monarquia constitucional. Incluiu a Guerra Civil Inglesa (1642-1649), a execução de Carlos I, a instauração da República sob Oliver Cromwell (1649-1660), a Restauração da monarquia com Carlos II (1660) e, finalmente, a Revolução Gloriosa (1688), que consolidou o poder do Parlamento.

Principais propostas defendidas pela Revolução
- Limitação do poder real: Defesa de uma monarquia constitucional onde o poder do rei fosse controlado pelo Parlamento.
- Direitos individuais: Garantia de liberdades civis e religiosas.
- Soberania parlamentar: Estabelecimento do Parlamento como a principal autoridade legislativa.
- Liberdade religiosa: Redução da influência da Igreja Anglicana e tolerância para outras denominações.

Influência da Filosofia Iluminista
A Revolução Inglesa foi influenciada por ideias iluministas, que defendiam a razão, a liberdade individual e a separação de poderes. Filósofos como John Locke, que defendia o contrato social e os direitos naturais, tiveram um impacto significativo no pensamento político da época.

Grupos da Revolução Inglesa
- Realistas (Cavaleiros): Apoiadores do rei Carlos I, compostos principalmente pela nobreza e pelo clero.
- Parlamentaristas (Cabeças Redondas): Apoiadores do Parlamento, incluindo a burguesia, pequena nobreza e puritanos.
- Levellers e Diggers: Grupos radicais que defendiam maior igualdade social e reformas agrárias.

Fases da Revolução
1. Guerra Civil Inglesa (1642-1649): Conflito entre realistas e parlamentaristas, resultando na vitória do Parlamento e na execução de Carlos I.
2. República e Protetorado (1649-1660): Governo de Oliver Cromwell, marcado por um regime autoritário.
3. Restauração (1660-1688): Retorno da monarquia com Carlos II e Jaime II, mas com crescente tensão entre o rei e o Parlamento.
4. Revolução Gloriosa (1688): Deposição de Jaime II e ascensão de Guilherme III e Maria II, consolidando a supremacia parlamentar.

Quem foi Oliver Cromwell?
Oliver Cromwell (1599-1658) foi um líder político e militar inglês que desempenhou um papel central na Revolução Inglesa. Ele era um membro da pequena nobreza rural (gentry) e um puritano fervoroso, o que influenciou sua visão política e religiosa. Cromwell tornou-se uma figura proeminente durante a Guerra Civil Inglesa e, posteriormente, governou a Inglaterra como Lorde Protetor durante o período conhecido como Commonwealth (República) e Protetorado.

Participação de Oliver Cromwell na Revolução Inglesa

1. **Liderança Militar**:
   - Cromwell destacou-se como um comandante militar talentoso durante a Guerra Civil Inglesa (1642-1649). Ele liderou as forças parlamentaristas, conhecidas como o Novo Exército Modelo (New Model Army), que era composto por soldados altamente disciplinados e motivados por ideais puritanos.
   - Suas vitórias decisivas, como a Batalha de Marston Moor (1644) e a Batalha de Naseby (1645), foram cruciais para a derrota dos realistas (apoiadores do rei Carlos I).

2. **Execução de Carlos I**:
   - Após a vitória parlamentarista, Cromwell foi um dos principais defensores do julgamento e execução do rei Carlos I em 1649. Ele acreditava que o rei havia traído o povo e que sua morte era necessária para garantir a liberdade e a justiça.

3. **Estabelecimento da República**:
   - Com a execução de Carlos I, a monarquia foi abolida, e a Inglaterra foi declarada uma República, conhecida como Commonwealth. Cromwell tornou-se uma figura central no novo governo, inicialmente como membro do Conselho de Estado.

4. **Lorde Protetor**:
   - Em 1653, Cromwell dissolveu o Parlamento do Rump (o remanescente do Parlamento Longo) e assumiu o título de Lorde Protetor, efetivamente tornando-se o governante da Inglaterra. Seu governo foi marcado por um regime autoritário, embora ele tenha buscado implementar reformas políticas e religiosas.
   - Durante o Protetorado, Cromwell promoveu a tolerância religiosa para os protestantes, mas reprimiu católicos e outras dissidências religiosas. Ele também buscou consolidar o poder da Inglaterra no cenário internacional, envolvendo-se em conflitos como a Guerra Anglo-Holandesa.

5. **Morte e Legado**:
   - Cromwell morreu em 1658, e seu filho, Richard Cromwell, sucedeu-o como Lorde Protetor. No entanto, Richard não conseguiu manter o controle, e a monarquia foi restaurada em 1660 com Carlos II.
   - Após a Restauração, o corpo de Cromwell foi exumado e sujeito a uma execução simbólica, refletindo o ódio que muitos realistas tinham por ele.

Conclusão sobre Oliver Cromwell 
Oliver Cromwell foi uma figura complexa e controversa na história inglesa. Ele foi um líder militar brilhante e um defensor fervoroso dos ideais puritanos e parlamentares, mas seu governo como Lorde Protetor foi marcado por autoritarismo e repressão. Sua participação na Revolução Inglesa foi fundamental para a derrubada da monarquia absolutista e o estabelecimento de um governo republicano, embora seu legado continue a ser debatido por historiadores e estudiosos.

Legado da Revolução Inglesa 
A Revolução Inglesa estabeleceu as bases para a monarquia constitucional e o parlamentarismo moderno. Influenciou outras revoluções, como a Americana e a Francesa, e promoveu ideias de direitos individuais, liberdade religiosa e governo representativo.

Conclusão
A Revolução Inglesa foi um marco na história política, marcando a transição do absolutismo para um sistema de governo mais democrático e representativo. Seu legado continua a influenciar sistemas políticos em todo o mundo, destacando a importância do equilíbrio de poderes e dos direitos fundamentais.

Foto do quadro 📷 aula 11/03/2025 2001 emp.

sábado, 8 de março de 2025

08 de março - Dia Internacional das mulheres

Hoje é para lembrar que mulheres lutaram por essas conquistas no Brasil:

*Em 1827* para permitir que meninas fossem à escola;
*Em 1879*, para permitir o ingresso numa universidade;
*Em 1910*, para fundar partido político de mulheres;
*Em 1932* para votar no Brasil;
*Em 1962*, para não pedir permissão ao marido para trabalhar fora, pedir guarda dos filhos e ter direito à herança, na separação. A pílula chega esse ano ao Brasil; 
*Em 1974*, o direito a ter Cartão de crédito;
*Em 1977*, a lei do divórcio;
*Em 1979*, poder praticar futebol;
*Em 1988*, Constituição: Mulheres e homens têm direitos iguais;
*Em 2002*, não ter seu casamento anulado por não ser virgem;
*Em 2006*, Lei Maria da Penha;
*Em 2015*, Lei do feminicídio;
*Em 2018*, importunação
sexual como crime;
*Em 2023*, fazer laqueadura sem autorização do marido. 
*Em* 2024, Lei que prevê a obrigatoriedade da igualdade salarial entre homens e mulheres e  Lei que assegurou à mulher o direito de ter um acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados.
*PARABÉNS MULHRES, por suas lutas!*

Revisão (Estudos Orientados) Prova de História 2° ano 2 ° Trimestre 2025

Revisão para a Prova História(2° tri. 2025) sobre a Era Napoleônica 0. O que foi o Golpe do 18 Brumário? Por que ele marca o iní...